O motim de policiais militares no Ceará chega ao 7º dia nesta
segunda-feira (24). Pelo menos três batalhões de Fortaleza e da região
metropolitana seguem ocupados por grupos de amotinados. Até a noite de
domingo (23), mais de 200 agentes de segurança haviam sido afastados por participação nos atos
e 37 foram presos por deserção. Em meio à paralisação, continua a onda
de violência no estado, com registros de homicídios e assaltos na
capital e no interior.
Desde terça-feira (18), homens encapuzados que se identificam como
agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quarteis, depredando
veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial
acima do proposto pelo governador Camilo Santana. Em quatro dias de
paralisação, entre quarta-feira (19) e sábado (22), 122 homicídios foram registrados no estado pela Secretaria da Segurança Pública (SSPDS). Por conta da crise na segurança, a Força Nacional e o Exército passaram a atuar em Fortaleza.
Na manhã desta segunda, dois batalhões da PM em Fortaleza - 17º e o 18º
, localizados nos Bairros Conjunto Ceará e Antônio Bezerra - permanecem
ocupados por homens amotinados e com carros da polícia depredados
bloqueando as entradas. Em Caucaia, na Grande Fortaleza, o 12º Batalhão
tem cerca de 20 veículos policiais obstruindo ruas que dão acesso à
unidade. Já no município de Sobral, a base da Coordenadoria Integrada de
Operações Aéreas (Ciopaer) e do Batalhão de Policiamento de Rondas
Intensivas e Ostensivas (BPRaio) continua tomada.
(G1/CE)