As medidas para enfrentar a epidemia viral do novo coronavírus
aumentam em todo o mundo, principalmente depois do novo balanço de 636
mortos divulgado nesta sexta-feira (7), pelas autoridades chinesas,
incluindo um dos primeiros médicos que alertou sobre a doença.
Nas últimas 24 horas, foram 73 vítimas fatais, sendo que 69 faleceram
na província de Hubei, epicentro do surto, segundo a atualização diária
do balanço da Comissão Nacional de Saúde.
De acordo com o relatório, também foram diagnosticados 3.143 novos
casos da doença, elevando a 31.161 a quantidade de portadores do vírus
no país. Entre os contaminados no território chinês, mais de 4.800 estão
em estado grave.
As autoridades locais acreditam que o número de diagnósticos
positivos deve crescer significativamente, pois há mais de 26.000
pessoas com suspeita de terem contraído o vírus.
Um médico chinês que foi um dos primeiros a alertar publicamente
sobre o novo coronavírus morreu em decorrência da doença nesta
sexta-feira, segundo o anúncio do hospital em ele estava internado.
O oftalmologista Li Wenliang morreu da infecção às 2h58 da manhã
(horário local), informou o Hospital Central de Wuhan. Após atender
pacientes com sintomas similares aos da Síndrome Respiratória Aguda
Severo (Sars), Li enviou uma mensagem a seus colegas advertindo que
usassem máscaras para se protegerem. Mais tarde, as autoridades o
acusaram, junto com outras oito pessoas, de "propagação de rumores".
Fora da China continental, foram confirmados mais de 240 casos da doença em cerca de 30 países. Milhares de turistas e tripulantes estão presos em cruzeiros na Ásia.
(Diário do Nordeste)