Uma das estátuas que compõe o
monumento em homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro do Rio de
Janeiro, foi furtada neste fim de semana. A escultura em bronze pesa cerca de
400 quilos, tem em torno de dois metros de altura e representa a mãe do
Marechal, dona Rosa Paulina da Fonseca. Deodoro da Fonseca foi o primeiro
presidente do Brasil, entre 1889 e 1891.
A Polícia Civil informou que o
registro do caso foi feito na 9ª DP (Catete), que abriu inquérito para apurar
os fatos. “Foi realizada a perícia no local. Diligências estão sendo feitas
para identificar e prender os autores”, diz a nota da polícia.
Segundo a Gerência de Monumentos
e Chafarizes, vinculada à Subsecretaria Municipal de Conservação, no caso de
vandalismo ou furto de grandes peças, como a da mãe do Marechal, é necessário
fazer um levantamento orçamentário, depois uma licitação para que seja
confeccionada uma nova escultura e feita a reposição.
O restaurador e fundador do grupo
SOS Patrimônio, Marconi Andrade, lamenta que mais um monumento da cidade seja
danificado. Segundo ele, o monumento, que data de 1937 e abriga os restos
mortais do marechal Deodoro e de sua esposa, é alvo de furtos frequentes de
figuras históricas e placas informativas. O objetivo dos criminosos é derreter
e vender o bronze das peças. Para Andrade, falta fiscalização constante do
patrimônio histórico e cultural. Outros monumentos
A estátua em bronze em homenagem
a Noel Rosa, em Vila Isabel, na zona norte, é outro monumento cujas peças eram
constantemente furtadas. Segundo a Subsecretaria Municipal de Conservação, o
monumento foi retirado temporariamente e guardado no galpão da prefeitura para
salvaguardar as peças que sofreram danos e que não foram furtadas.
Com um dos maiores acervos do
país, a gerência cuida, atualmente, de 1.371 monumentos (entre bustos,
esculturas, estátuas, relógios e chafarizes). O órgão informou manter um
contrato de manutenção de cerca de R$ 900 mil. Os monumentos sob a tutela do
município são vistoriados e os reparos necessários, como limpeza, conserto hidráulico,
elétrico e reposição de pequenas peças são programados para que sejam
executados ao longo do ano.
Um dos casos de maior repercussão
no Rio foi o sumiço de seis vigas retiradas do Elevado Perimetral, na zona
portuária, que pesavam mais de 110 toneladas. A Perimetral foi demolida como
parte do projeto de construção do projeto Porto Maravilha.
Os óculos da estátua do poeta
Carlos Drummond de Andrade, na Praia de Copacabana, também são alvo constante
de furto.




