Coronavírus: Caixa adia pagamentos por 2 meses, reduz juros em até 23% e amplia consignado


A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (19), redução de até 23% nas taxas de juros para empréstimos e concedeu uma pausa de dois meses no pagamento de contratos de crédito vigentes para pessoas físicas e empresas. A medida também vale para financiamentos habitacionais.

O presidente do banco, Pedro Guimarães, disse que o plano visa tentar reduzir o impacto causado pelo novo coronavírus na economia. Para reforçar a rede de saúde, foram disponibilizados R$ 3 bilhões em linhas de crédito para hospitais e Santas Casas que atendem pela rede do SUS (Sistema Único de Saúde).

O dinheiro, nesse caso, pode ser usado até para pagamento de dívidas pendentes, uma forma de liberar o caixa desses hospitais para despesas necessárias ao atendimento de casos de pacientes infectados pelo vírus.
Tanto pessoas físicas quanto empresas poderão postergar o pagamento de operações de crédito vigentes por dois meses. O benefício cobre o consignado, empréstimos pessoais (CDC), capital de giro e renegociação.
O consignado para aposentados e pensionistas do INSS foi ampliado e as taxas, reduzidas.
0,99%
No crédito consignado, por exemplo, a menor taxa (varia com o valor do empréstimo) passa a ser de 0,99% ao mês. No CDC, de 2,17% ao mês.
Para empresas, além da postergação de créditos vigentes, haverá uma redução maior de juros em novos contratos.
45%
Para micro e pequenas empresas, que devem ser mais afetadas pela crise, a redução de juros será de até 45% para capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês.
Empresas que atuam no comércio e na prestação de serviços, mais impactadas com o isolamento dos consumidores em casa, terão até seis meses de carência em linhas especiais de crédito.

Pausa na prestação

Empresas e pessoas físicas poderão solicitar pausa estendida de até duas prestações de seus contratos habitacionais ou financiamentos imobiliários.

Para os hospitais e Santas Casas que atendem a rede do SUS, o banco disponibilizou R$ 3 bilhões. Para quem tomar crédito por até 60 meses, a taxa será de 0,80% ao mês, uma redução de 14%. Nos contratos de até 120 meses, os juros serão de 0,87% ao mês, redução de 23%, e a carência será de seis meses.


(Diário do Nordeste)

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