Em 13 de março de 1992, há exatos 28 anos, o Brasil se despedia do seu “Anjo Bom”, Santa Dulce dos Pobres, religiosa que dedicou sua vida a ajudar os mais necessitados, especialmente em sua terra natal, Salvador (BA).
Irmã Dulce faleceu aos 77 anos,
após uma vida inteira dedicada a cuidar dos pobres e enfermos. Ela nasceu em 26
de maio de 1914, em Salvador (BA), tendo recebido como nome de batismo Maria Rita
de Souza Brito Lopes Pontes.
Ainda menina, a pequena já
demonstrava seu interesse pela vida religiosa e, aos 13 anos, começou a atender
os doentes e carentes na porta de sua casa, a qual passou a ser conhecida como
“A Portaria de São Francisco”.
Em fevereiro de 1933, ingressou
na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na
cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e recebeu o hábito em agosto do mesmo ano.
Foi então que adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que faleceu
quando ela tinha apenas 7 anos.
De volta à sua terra natal
Salvador, iniciou em 1935 um trabalho assistencial junto às comunidades
carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na
parte interna do bairro de Itapagipe.
Em 1939, depois de muito lutar
para cuidar de seus doentes, ocupou um galinheiro ao lado do convento, depois
da autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu
início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um
dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de
atendimentos ambulatoriais por ano.
A religiosa chegou a ser indicada
ao prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney,
com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.
Irmã Dulce foi beatificada em 22
de maio de 2011 e canonizada em 13 de outubro de 2019.
Sua festa litúrgica é celebrada
no dia 13 de agosto, recordando a data em que recebeu o hábito de sua
Congregação.
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