Francisco Erivan Rangel Filho foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por ter premeditado e executado a morte de sua esposa, Aparecida Ferreira Lima Rangel, em 2018. Ele e o comparsa, José Ribeiro Duarte, que pegou 22 anos de reclusão, foram a júri popular na última terça-feira, 10.
O crime ocorreu na localidade de Angico de Cima, no município cearense
de Aurora, a 476 quilômetros de Fortaleza. Erivan e José abordaram a
vítima, simulando um assalto, e depois desferiram quatro golpes de barra
de ferro na cabeça da mulher, que veio a óbito. A dupla foi condenada
por feminicídio com a qualificação de emprego de meio cruel,
impossibilidade de defesa da vítima e motivo torpe.
Segundo o juiz João Pimentel Brito, titular da Comarca de Aurora, os
dois "agiram com consciência em busca do resultado criminoso, de forma
premeditada e com frieza, bem como possuíam, na ocasião, pleno
conhecimento da ilicitude de suas condutas".
Durante investigações, foi descoberto que o marido havia prometido R$
400 ao comparsa pela simulação do roubo e pela morte. A motivação,
segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) foi a obtenção do
dinheiro de um seguro de vida feito em nome de Aparecida, no valor de
R$ 800 mil.
Versões
Inicialmente, a família da vítima logo apontou Erivan como o autor do
crime. Em depoimento falso, o homem, no entanto, afirmou que a esposa
havia sido atropelada por um carro ao se desequilibrar e cair da garupa
da moto onde os dois estavam.
Diário do Nordeste