Uma mulher identificada como Iraci Soares de Oliveira foi presa nessa
terça-feira (17), em uma residência na cidade de Porteiras, interior do
Ceará. Ela é suspeita de tramar a morte do esposo. Além de Iraci,
também foi capturado Mardey Bernadino, genro dela. Há um terceiro
suspeito, que é policial militar, que segue foragido: o sargento João
Genival Martins.
O trio teria participado da morte de Arlindo Belo da Silva Júnior, de
31 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 14 de outubro de 2019,
também em Porteiras. Arlindo voltava de uma festa e caminhava no entorno
do estádio da cidade quando foi surpreendido por um homem armado. A
vítima não tinha antecedentes criminais.
O G1 apurou que Iraci é viúva de Arlindo. Ela é quem teria planejado o
assassinato, e Mardey, genro da suspeita, intermediado a contratação do
sargento para cometer o homicídio. A motivação seria o fato de ela não
querer dividir um dinheiro que o casal havia recebido. Iraci e Arlindo
vinham enfrentando problemas na relação e estavam prestes a se separar.
A dupla foi presa por policiais civis da Delegacia de Brejo Santo com
apoio de militares da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Policiamento
Militar. O G1 entrou em contato com o tenente-coronel L. Rodrigues,
comandante da 3ª Companhia, em Brejo Santo, que participou das buscas
pela dupla. Ele confirmou as prisões e comentou sobre um PM estar
foragido – mas disse não poder repassar mais informações porque o caso
tramita em segredo de Justiça.
Por nota, a Polícia Civil do Ceará afirmou que as duas capturas se
deram por força de mandado de prisão preventiva. A Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que além das prisões,
os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão. “Todo o
material apreendido foi levado junto com os infratores para a delegacia
que cobre a região”.
Ainda segundo a SSPDS, as diligências continuam com o intuito de
cumprir mais um mandado de prisão. “Mais informações serão repassadas em
momento oportuno, para não atrapalhar os trabalhos investigativos”,
informou.
Execução
O G1 apurou que o sargento João Genival Martins estava afastado da Corporação devido a uma licença médica na data do crime. Ainda em outubro de 2019, o militar chegou a ser preso por um outro crime. João estava em um bar, com uma arma sem registro e foi conduzido até a Delegacia Regional da Polícia Civil em Brejo Santo, onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
O G1 apurou que o sargento João Genival Martins estava afastado da Corporação devido a uma licença médica na data do crime. Ainda em outubro de 2019, o militar chegou a ser preso por um outro crime. João estava em um bar, com uma arma sem registro e foi conduzido até a Delegacia Regional da Polícia Civil em Brejo Santo, onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
Logo em seguida, o sargento foi liberado. Quando apreendida, a arma
que estava em posse de Genival foi submetida a uma comparação balística.
A perícia mostrou que a arma encontrada com o PM no dia dessa prisão
foi a mesma utilizada no assassinato de Arlindo Belo.
G1