A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou hoje (16) que os países ampliem realização de testes em pacientes com sintomas do novo coronavírus e fortaleçam ações de isolamento daqueles com suspeita de infecção.
Na avaliação da entidade, que coordena os esforços globais de prevenção e
combate à pandemia, tão ou mais importante que adotar medidas de
redução da circulação e aglomeração de pessoas é assegurar os exames e o
isolamento.
O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a
importância das duas iniciativas para evitar a ampliação da circulação
do vírus. “A forma mais eficaz de salvar vidas é quebrar a cadeia de
transmissão. E para fazer isso precisa testar e isolar. Não se pode
apagar a fogo cego. Não conseguiremos parar a pandemia se não soubermos
quem está infectado. Temos uma simples mensagem: testem, testem, testem.
Todos os casos suspeitos. Se eles derem positivo, isolem”, declarou.
A testagem deve abranger tanto pessoas que apresentem sintomas quanto
aquelas que tiveram contato com casos confirmados. Além disso, a
organização também assinalou a necessidade de os países investirem na
construção e ampliação de laboratórios de modo a aumentar a capacidade
geral de testagem de suas populações.
A chefe técnica do programa de emergências de saúde da OMS, Maria Van
Kerkhove, acrescentou que a estrutura de exames é importante porque em
determinadas situações será necessário repetir os testes.
“Recomendamos testes repetidos, pois há possibilidades de falsos
negativos. Mas especialmente com pessoas com link epidemiológico, se tem
alta suspeita e contato confirmados, é importante fazer um novo teste
para aumentar chance de identificar”, sugeriu.
Isolamento
Com relação aos isolamentos, os representantes da entidade manifestaram
preocupação pelo fato de parte dos países já ter excedido a capacidade
para casos leves. A OMS recomenda que outras instalações sejam
utilizadas, direcionando aos hospitais apenas os casos mais graves em
tratamento.
Nos casos de isolamento domiciliar, a OMS alerta para cuidados básicos,
em especial, a quem está imbuído da função de cuidar de pessoas com
sintomas. “Cuidadores devem usar máscara quando estiverem na mesma sala.
O paciente deve usar banheiro próprio e ficar em quarto específico. O
cuidador deve lavar a mão após qualquer contato com paciente ou ambiente
onde este está. Essas medidas devem continuar por pelo menos até duas
semanas após o vírus desaparecer”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Economia
O diretor-geral da OMS destacou ainda a importância de prevenir e
combater os efeitos econômicos e sociais da pandemia. Ele informou que
está em diálogo com associações internacionais de empresários para que
orientem os negócios em todo o mundo a assegurar direitos e medidas de
proteção aos funcionários.
Outra preocupação envolve o abastecimento de itens essenciais,
especialmente medicamentos. A OMS busca sensibilizar indústrias e firmas
para evitar qualquer tipo de ausência de itens essenciais no mercado.
UOL