A Polícia Civil do Ceará prendeu nesta quinta-feira (12) 34 membros de
uma facção criminosa em uma operação realizada em 30 cidades do Estado.
Foram cumpridos ainda 62 mandados contra criminosos que já estão presos e
seguem orientando comparsas em liberdades.
Os presos fazem parte de um bando responsável pela maior onda de ataques já realizada no Ceará,
em 2019. Dezenas de ônibus e veículos públicos foram incendiados e
artefatos explosivos foram utilizados em pontes e torres de
telecomunicação. Como orientavam crimes de dentro da prisão, eles irão
responder por mais um crime.
“É uma importante operação pois ela é resultado dessa investigação que
iniciou com aquelas ações criminosas praticadas em janeiro do ano
passado. E aí, com todo material apreendido, análise dos dados e análise
dos interrogatórios realizados, fizemos uma primeira fase em março e
agora uma outra fase”, afirmou o secretário da Segurança do Ceará, André
Costa.
A Operação Aditum II investiga a atuação de integrantes recém-ingressos
no grupo criminoso. A apuração foi realizada pela Delegacia de Combate
às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Aditum é uma palavra em latim,
que significa "acesso".
Ainda segundo André Costa todos os envolvidos nas ações estão sendo
identificados e responsabilizados. Ele reforçou também que todo material
apreendido como drogas e armas serão estudados o que deverá levar na
identificação de mais suspeitos.
“Todos os envolvidos naqueles ataques, naquelas ações criminosas todos
seriam responsabilizados. E é isso que está acontecendo aqui. Arma
apreendia, droga apreendida, vão ter outros materiais apreendidos que
serão analisados e tudo isso vai levar na identificação de mais
criminosos. Todos eles enquadrados aí por associação criminosa. E 98%
deles com antecedentes criminais”.
Primeira fase da operação
Na primeira fase, deflagrada em 21 de março de 2019,
foram cumpridos 46 mandados de prisão contra uma organização criminosa
em diferentes municípios do Ceará. Ao todo, 17 pessoas foram capturadas
em Fortaleza e Região Metropolitana, e oito no interior do estado. Os
outros 21 mandados foram cumpridos contra internos do sistema
penitenciário.
Segundo o órgão, 312 policiais civis atuam na operação, divididos em
cem viaturas. Participam da ação policiais civis dos departamentos
Técnico Operacional (DTO), de Polícia Judiciária Especializada (DPJE),
da Capital (DPJC), da Região Metropolitana (DPJM), de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), de
Recuperação de Ativos (DRA) e da Coordenadoria de Operações e Recursos
Especiais (Core).