Cerca de 3 mil raios foram registrados no estado do Ceará, entre a meia-noite e as 9 horas desta terça-feira (21), contabiliza a Enel Distribuição Ceará. Conforme a companhia, cerca de 10% deste total, o equivalente a aproximadamente 300 descargas atmosféricas, ocorreram em Fortaleza e Região Metropolitana. No estado, Acopiara, Tauá e Jaguaribe foram as cidades mais atingidas pelo fenômeno.
A grande quantidade de raios e trovões que acompanharam a chuva
registrada na madrugada desta terça, em Fortaleza e Região
Metropolitana, foi provocada pela presença das chamadas nuvens do tipo
cumulonimbus. É o que afirma a gerente de Meteorologia da Fundação
Cearense de Meteorologia (Funceme), Meiry Sakamoto.
"Quando temos a presença de nuvens convectivas, ou seja, nuvens do tipo
cumulonimbus é comum a ocorrência de relâmpagos, raios e trovões devido
ao grande desenvolvimento vertical desse tipo de nuvem", afirma a
especialista, ressaltando que relâmpago e trovão são os nomes dados,
respectivamente, à luz e ao som provenientes dos raios.
"Os raios se formam quando certa região de uma nuvem - como a
cumulonimbus - acumula um excesso de carga elétrica negativa ou
positiva. Se isso ocorre, o raio é um meio de desfazer a tensão por meio
da transmissão da eletricidade", explica.
Os raios, ainda segundo Sakamoto, podem ocorrem dentro ou entre as
nuvens, entre a nuvem e o ar ou entre nuvens e o solo. Os mais
brilhantes são aqueles em que uma nuvem fica eletricamente conectada ao
chão.
O trovão, por sua vez, ocorre "porque a região do raio se aquece
rapidamente e, por aumento de pressão, desloca uma grande massa de ar. O
trovão chega depois do relâmpago. Isso ocorre porque,
simplificadamente, o som caminha mais devagar do que a luz",
complementa.
Diário do Nordeste