A decisão foi tomada "em
solidariedade com o povo e com as autoridades nacionais". "A Igreja
Católica tem os hospitais, a experiência e a capacidade de enfrentar uma
mobilização nacional que é uma expressão de solidariedade com aqueles que se
sentem ameaçados pelo vírus", explica o arcebispo de Abuja, Dom Inácio
Ayau Kaigama.
Encontro de cúpula na
quarta-feira, 8 de abril, em Abuja, entre uma delegação da Conferência
Episcopal da Nigéria (NCCB) e o secretário do Governo Federal (SGF), Gidahyelda
Mustapha. Tratou-se - explica uma nota publicada no site da NCCB - de uma
"visita de cortesia devido ao grave perigo representado pela pandemia de
Covid-19, considerando que Mustapha também é presidente do Comitê presidencial
da força-tarefa criada pelo Executivo para enfrentar a emergência de saúde
provocada pelo "coronavírus".
Guiados pelo arcebispo de Abuja,
Dom Inácio Ayau Kaigama, os bispos
"concederam ao Comitê Presidencial da força-tarefa total acesso aos 435
hospitais e clínicas católicas na Nigéria". A decisão foi tomada "em
solidariedade com o povo e com as autoridades nacionais".
Ao mesmo tempo, a NCCB
disponibilizou ao Comitê o secretário para a saúde do Secretariado Nacional
Católico da Nigéria, Dr. Emmanuel Okechukwu, grande especialista em saúde
pública.
Seu papel – explicam os bispos -
será atuar como uma "ponte" entre o Estado e as estruturas
hospitalares católicas nigerianas. Os bispos, ademais, entregaram a Mustapha um
livreto com todos os detalhes de contato e endereços dessas estruturas.
"A Igreja Católica -
sublinha o arcebispo Kaigama - tem os hospitais, a experiência e a capacidade
de enfrentar uma mobilização nacional que é uma expressão de solidariedade com
aqueles que se sentem ameaçados pelo vírus".
Por sua parte, o secretário
Mustapha agradeceu aos bispos por sua disponibilidade e exortou a Igreja
"a contribuir na difusão das normas de higiene pessoal e no respeito às
diretrizes anti-contágio estabelecidas pelo governo".
Por fim, o expoente do Executivo
assegurou aos prelados que o Comitê Presidencial levará em consideração "a
significativa solidariedade expressa pela Igreja na Nigéria".
Até esta quinta-feira, mais de
276 casos de "Covid-19" e 6 mortes haviam sido registradas na
Nigéria.