Primeiro grande do Estado a sangrar, açude Araras não atingia 100% do volume desde 2011


Os primeiros meses da quadra chuvosa estão trazendo bons frutos à reserva hídrica dos açudes cearenses. Dos 155 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 39 já excederam a capacidade, situação que não se repete desde agosto de 2009. Água que vem chegando, também, às principais bacias hidrográficas e aos principais reservatórios cearenses. Com isso, os quatro maiores açudes ganharam recarga e, atualmente, três das 12 bacias estão com volume acima de 80%. 

Prova dos bons aportes, o reservatório Paulo Sarasate, conhecido popularmente como Araras, iniciou a sangria na manhã desta quinta-feira (23), se tornando o primeiro dos quatro maiores açudes cearenses a sangrar. O reservatório está sobre o leito do rio Acaraú, entre os municípios de Varjota, Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. Além do suprimento de água potável, o Araras, finalizado na década de 50, é fomento a atividades como pescado e agricultura irrigada e de vazante às cidades e povoados situados às suas margens. 

A última vez que isso aconteceu foi em 2011. De lá para cá, o reservatório sofreu constantes baixas, até retomar a recarga. Nos anos de 2016 e 2017, o Araras chegou a marcar menos de 5% da capacidade. Com a quadra chuvosa do ano passado, no entanto, a situação vem mudando. Hoje, o reservatório acumula 859,53 mm, segundo portal hidrológico da Cogerh, e concentra uma recarga importante para a Bacia do Acaraú, que conta com 88,98% da capacidade.




(Diário do Nordeste)

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