Apesar do anúncio do adiamento, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do MEC não
informou a nova data do exame
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil |
O Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), que deve ter mais de 4 milhões de participantes neste ano, foi enfim
adiado nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério da Educação (MEC). Esta será a
segunda vez na história do maior vestibular do País que ele deixará de ser
feito na data marcada; a primeira foi quando a prova foi roubada em 2009,
conforme revelado pelo Estadão.
A mudança, que o Congresso
Nacional já havia começado a decidir ontem e era pedida há semanas por
secretários de Educação, universidades e estudantes, vai dar mais tempo para
alunos pobres se prepararem. Mas também embaralha todo o calendário de outros
vestibulares e o ano letivo de 2021.
Apesar do anúncio do adiamento, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do MEC não
informou a nova data do exame. De maneira vaga, dizia apenas que a previsão era
de "30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais". O
ministro Abraham Weintraub, que sempre defendeu a manutenção da prova em
novembro, quer fazer agora uma consulta pela internet sobre a data com
estudantes. Para secretários estaduais de Educação e especialistas, a decisão
não deve ser só dos alunos e, sim, considerar as redes de ensino, universidades
e ainda analisar como será a volta às aulas após a pandemia.
O Enem é a porta de entrada para
mais de 200 mil vagas em cerca de 130 instituições por meio do Sisu, o sistema
eletrônico que seleciona os candidatos conforme suas notas. Quando o Enem
ocorre em novembro, há ainda cerca de dois meses para que as provas sejam
corrigidas e as vagas sejam liberadas no Sisu, o que ocorre em janeiro. Caso a
prova seja adiada por 60 dias, o Enem seria em janeiro e aprovações só sairiam
em março ou abril, já que há sempre mais de uma lista.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.