O mercado financeiro
revisou pela 13ª semana seguida a previsão de queda da economia este
ano. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – piorou de 3,76% para
4,11%.
A estimativa consta do boletim Focus, publicação elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
A previsão para o crescimento do PIB em 2021 segue em 3,2% e para 2022 e 2023 continua em 2,50%.
Dólar
A cotação do dólar deve fechar o ano em R$
5, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é que a
moeda americana fique em R$ 4,83%, contra R$ 4,75 da semana passada.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo
BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela nona vez
seguida, ao passar de 1,97% para 1,76%.
Para 2021, a estimativa de inflação também
foi reduzida, de 3,30% para 3,25%. A previsão para os anos seguintes -
2022 e 2023 - não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo da meta de
inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho
Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é
2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco
Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,
estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,5% ao ano. A previsão anterior era 2,75% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é
que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o fim de 2021, a expectativa é que a
taxa básica chegue a 3,5% ao ano. A previsão anterior era de 3,75% ao
ano. Para o fim de 2022, as instituições mantiveram a previsão em 5,5%
ao ano e, para o fim de 2023, a estimativa segue em 6% ao ano.
(Agência Brasil)



