Em sua primeira visita ao Ceará como presidente da República, Jair Bolsonaro
(sem partido) inaugura as obras da transposição do Rio São Francisco no
Estado nesta sexta-feira (26), às 10h30min, no município de Penaforte - onde
serão abertas as comportas, cidade vizinha a Jati, onde fica o
reservatório (a cerca de 550 km de Fortaleza). Antes, o presidente
sobrevoa trechos da Ferrovia Transnordestina no Ceará.
A primeira parada oficial da comitiva acontece no distrito de
Milagres, em Salgueiro (PE), onde será acionado o sistema de liberação
do fluxo das águas. Em seguida, Bolsonaro segue até Penaforte, por
terra, onde aguardará a chegada das águas.
Em Juazeiro do Norte, o presidente foi recebido pelo líder da bancada federal, deputado Domingos Neto (PSD), no aeroporto.
Além do presidente, também estão presentes o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também está na comitiva
O governador do Estado, Camilo Santana (PT), não participará do evento. Nas redes sociais, ele afirmou visitará a região somente após a pandemia do novo coronavírus.
Entre os parlamentares do estado, estão também o deputado federal Dr.
Jaziel (PL) e os deputados estaduais André Fernandes (PSL) e Delegado
Cavalcante (PSL).
Obra histórica
Oficialmente, são 12 anos de espera.
Contudo, a ideia do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf)
como forma de solucionar a escassez hídrica causada pela seca acompanha
governos desde, pelo menos, o Segundo Império – ainda no século XIX.
Nesta sexta-feira (26), as águas do Velho Chico chegam ao Ceará, mais
precisamente na barragem de Jati, na região do Cariri. Obra iniciada no
governo do PT, em 2007, e que também passou por um governo do MDB, é na
gestão do presidente Jair Bolsonaro que o trecho que conduz os recursos
hídricos ao território cearense será inaugurado.
Inicialmente, eram cinco anos previstos para a construção de 477
quilômetros em obras, reunidas em dois grandes canais – Eixo Norte e
Eixo Leste – para abastecer açudes e rios intermitentes (que desaparecem
nos períodos de seca) não só no Ceará, mas nos estados de Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte. No entanto, já são sete anos de atraso
marcados por disputas políticas.
(Diário do Nordeste)