Após um fim de semana sangrento, com, ao menos, 41 casos de
assassinatos, o estado do Ceará ultrapassou, nesta segunda-feira (8), a
marca de dois mil homicídios neste ano. A guerra de facções criminosas, a
disputa de traficantes pelo domínio de área, além dos constantes casos
de feminicídios, mortes por intervenção policial e latrocínios (roubos
seguidos de morte) elevaram os índices dos Crimes Violentos, Letais e
Intencionais (CVLIs) no território cearense.
A capital cearense e sua Região Metropolitana foram responsáveis pela
maioria dos crimes de morte nestes primeiros cinco meses do ano. Entre
os dias 1º de janeiro e 7 de junho, foram registrados 1.294
assassinatos. Já no interior do estado, foram mais 729 casos.
Cidades até então pouco citadas nas manchetes policiais na imprensa
local passaram a ser palco de crimes de morte após a chegada em suas
terras de bandidos oriundos da Capital e da Região Metropolitana. Esses
municípios passaram a enfrentar o mesmo problema da Grande Fortaleza em
termos de Segurança Pública: a presença de facções criminosas e os
delitos cometidos por seus integrantes, como assaltos e, principalmente,
assassinatos.
Outro destaque nesta estatística criminal é a elevação das taxas dos
assassinatos de mulheres no estado do Ceará, por conta da participação e
envolvimento, cada vez mais intensos, de jovem com grupos criminosos.
Entre janeiro e junho, já foram registrados 164 assassinatos de mulheres
no estado.
Fernando Ribeiro