A agência da ONU indicou que está
trabalhando nessa perspectiva, com o objetivo de atingir 2 bilhões de doses até
o final de 2021, pois há uma corrida contra o tempo das empresas farmacêuticas
para encontrarem a vacina
A cientista-chefe da OMS, Soumya
Swaminathan - AFP
As primeiras centenas de milhões
de doses de vacinas para a COVID-19 deverão estar disponíveis até o final do
ano para serem aplicadas nas pessoas mais vulneráveis, informou nesta
quinta-feira (18) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A agência da ONU indicou que está
trabalhando nessa perspectiva, com o objetivo de atingir 2 bilhões de doses até
o final de 2021, pois há uma corrida contra o tempo das empresas farmacêuticas
para encontrarem a vacina.
"Estamos trabalhando com a
perspectiva de que teremos algumas centenas de milhões de doses até o final do
ano, se formos muito otimistas", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya
Swaminathan.
"Esperamos que até o final
de 2021 tenhamos dois bilhões de doses de uma a três vacinas eficazes para
distribuir em todo o mundo", afirmou ela, embora tenha enfatizado que
trata-se de uma probabilidade, já que até agora não há vacina aprovada.
No mundo, os pesquisadores estão
trabalhando em mais de 200 possíveis vacinas, dez das quais já estão na fase de
testes clínicos em humanos.
"Se tiverem sorte, haverá
uma ou duas candidatas a uma potencial vacina até o final do ano", afirmou
Swaminathan em entrevista por vídeo.
A prioridade serão os que atuam
na linha de frente, como médicos e policiais, assim como os mais vulneráveis à
doença, como idosos e diabéticos, aos quais se somam também as pessoas expostas
em áreas de alta transmissão, como as favelas.
"Você precisa começar com os
mais vulneráveis e depois vacinar progressivamente mais pessoas", explicou
Swaminathan.
No final de maio, os chefes da
indústria farmacêutica disseram acreditar na possibilidade de uma vacina antes
de 2021, mas enfatizaram que o desafio é enorme, já que o mundo exigiria duas
doses de vacina por pessoa, ou 15 bilhões de vacinas, segundo os cálculos.
AFP