Começa hoje (2) no Rio de Janeiro a reabertura das atividades econômicas, conforme anunciado ontem pelo prefeito Marcelo Crivella após as restrições impostas para conter o contágio pelo novo coronavírus.
O plano completo, com seis fases de 15 dias
cada, prevê a normalização de todas as atividades em agosto. Mas as
fases podem ser estendidas ou encurtadas, de acordo com a avaliação do
Comitê Científico que assessora a prefeitura nessa crise da pandemia de
covid-19.
Retornam hoje o
setor de serviços, as agências de automóveis, lojas de móveis e de
decoração. Lanchonetes, bares e restaurantes continuam apenas com o
esquema de entrega em domicílio ou retirada no local. Os
estabelecimentos precisam cumprir regras de higienização e
distanciamento entre os clientes.
Hotéis e hostels podem funcionar, pontos
turísticos permanecem fechados e as praias e parques podem ser
frequentados apenas para atividades físicas no calçadão e esportes
aquáticos individuais. Também foram liberados voos livres individuais.
O decreto do plano de reabertura não foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Município.
Saiu apenas uma matéria na capa com o título “Prefeitura anuncia
retomada responsável das atividades econômicas no Rio”. Segundo a
prefeitura, o decreto será publicado ainda hoje em edição extra do Diário Oficial.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
não recomenda a reabertura neste momento por avaliar que ainda há
problemas relacionados aos registros de casos e óbitos e que não há
clareza em relação às informações sobre filas, leitos hospitalares e
unidades de terapia intensiva (UTIs).
Segundo a Fiocruz, não há indicações de que a
pandemia esteja “sob controle”, e o sistema de saúde “não tem condições
de responder tanto aos níveis atuais, quanto ao aumento do número de
casos”.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
recomendou que as medidas restritivas sejam ampliadas na cidade e não
relaxadas neste momento, já que o nível de transmissão da covid-19 ainda
está muito alta, com cada paciente com coronavírus contaminando mais de
duas pessoas.
(Agência Brasil)