Alvo da Operação Labirinto é capturado pela Polícia Civil em Fortaleza com documento falso


Quinze meses após a deflagração da 1ª fase da Operação Labirinto, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) capturou mais um homem suspeito de integrar uma organização criminosa investigada pela prática de diversos crimes, em municípios do Sertão Central. Gustavo Marques Soares (21) foi preso por equipes do 16º Distrito Policial (DP), em uma residência no bairro Passaré, na Área Integrada de Segurança 7 (AIS 7) de Fortaleza. O homem fazia o uso de documento falso e estava escondido no imóvel para não ser capturado pela Polícia. De acordo com as investigações, ele era o último suspeito, que exercia posição de chefia no grupo, e que ainda estava foragido. A dona da casa foi flagrada com duas barras de maconha, pesando 1,7 kg.

O nome de Gustavo, conhecido por “Xarope”, foi detectado pela Polícia Civil no trabalho de inteligência e investigação conduzido pela Delegacia Municipal de Quixeramobim, com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O resultado das apurações listou 116 pessoas que atuavam ou colaboravam com o esquema criminoso. “Xarope” é apontado como um dos gerentes do tráfico de drogas do grupo e é homem de confiança do chefe da organização criminosa: Carlos Odeon Bandeira (35), conhecido como “Jow”, preso no interior de São Paulo, com documento falso. As investigações indicam ainda que ele era o último que restava ser capturado e que exercia posição de chefia dentro da organização criminosa.

“Xarope” foi preso no interior de uma residência no bairro Passaré, após uma abordagem de policiais civis do 16º DP a uma mulher, que é proprietária da casa que abrigava o foragido da Justiça. À primeira vista, o suspeito apresentou um documento com outro nome, mas depois de consultar a base de identificação civil, os policiais civis questionaram a real identidade dele. “Xarope” confessou que o documento era falso e deu o nome verdadeiro. Foi aí que os agentes confirmaram que havia um mandado de prisão em aberto expedido pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Poder Judiciário cearense, referente à Operação Labirinto.

No imóvel, após vistoria, os policiais civis apreenderam dois tabletes de maconha prensada, pesando 1,7 kg, uma balança de precisão, 1.500 sacos plásticos utilizados para embalar droga, além de um rolo de fitas com a mesma finalidade. Maria Creusa Teixeira de Lima (33), com uma passagem por roubo, assumiu a propriedade do material ilícito. A mulher é companheira de um outro investigado na Operação Labirinto, que também está preso. Lucas Santos Gomes (24), conhecido como “Lucas PA” ou “Gordo”, foi capturado em agosto do ano passado, em Fortaleza. De acordo com as investigações da Polícia Civil, ele era fornecedor de drogas nas cidades de Quixeramobim e Milhã.

Diante do material ilícito encontrado no imóvel e do flagrante de uso de documento falso, a dupla foi conduzida para a sede do 16º DP, no bairro Dias Macedo. Creusa, também conhecida como “Nega” ou “Negona”, foi autuada em flagrante por tráfico de drogas. Já “Xarope” teve o mandado judicial cumprido e também foi autuado em flagrante por uso de documento falso. Ambos se encontram à disposição do Poder Judiciário.

1ª e 2ª fases da Labirinto

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou, em abril de 2019, a 1ª fase da Operação Labirinto, que teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão em desfavor de alvos, que integram uma organização criminosa com atuação em municípios do Sertão Central. Na época, foram cumpridos mais de 130 mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Quixeramobim, Milhã, Canindé, Baturité, Senador Pompeu, Madalena, Pedra Branca e Fortaleza.

Já no mês de junho de 2019, a PCCE deflagrou a segunda fase da Operação Labirinto, que teve como alvo o confisco de bens adquiridos por meio de infrações penais. A operação foi realizada nas cidades de Fortaleza, Baturité, Capistrano e Itapiúna. Nessa fase, a Polícia Civil prendeu quatro pessoas, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão – que resultaram nas apreensões de documentos –, além dos sequestros de oito veículos, oito empresas, um apartamento, um terreno situado em um condomínio de luxo e uma carta de crédito no valor de 400 mil reais. O valor total dos bens apreendidos ultrapassa os R$ 4 milhões.

Investigação

O trabalho policial é resultado de investigações da Delegacia Municipal de Quixeramobim, com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), sobre o envolvimento de integrantes com o tráfico de drogas e outras práticas ilícitas na região do Sertão Central. Os levantamentos policiais iniciaram em janeiro de 2018, com foco nas negociações de entorpecentes da organização criminosa, que atua na região, em especial, nos municípios de Quixeramobim, Milhã e Senador Pompeu, todos localizados na Área Integrada de Segurança 20 (AIS 20) do Ceará.



 (SSPDS)

Postagens mais visitadas