Um incêndio consome a vegetação de um terreno na entrada da cidade de
Orós, no sertão cearense, na noite desta quarta-feira (29). O fogo se
espalhou próximo a um posto de combustível.
Às 22h, o Corpo de Bombeiros ainda estava no local e o fogo prestes a
ser debelado. "Inicialmente havia muito fogo, muitos focos, vento muito
forte, mas agora [por volta das 22h] a situação está praticamente sob
controle. Depois que for debelado, faremos uma vistoria final e um
rescaldo, para fazer uma avaliação", disse o tenente-coronel Nijair
Araújo, comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militares.
Os bombeiros acreditam que trata-se de mais um incêndio provocado pela
ação humana, de forma criminosa, mas não havia denúncia ou informações
sobre quem começou o fogo.Este é o segundo incêndio registrado na cidade nos últimos quatro dias.
No domingo (26), o fogo atingiu também a vegetação próximo a um hotel
desativado.
Estado de emergência
O governador do Ceará, Camilo Santana, decretou estado de emergência ambiental pelo risco incêndios florestais e queimadas no segundo semestre do ano.
A medida foi tomada pela primeira vez na história e fica válida até
janeiro de 2021. Geralmente, a medida ocorre para outras adversidades,
como escassez hídrica ou inundações.
Com a decisão, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) pode contratar
brigadistas ambientais para atuação nas 28 unidades de conservação
estaduais. As previsões de períodos mais críticos se dão, normalmente,
através de portarias do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ou decretos
federais.
Neste cenário, o decreto estadual potencializa ações estabelecidas em
16 de julho, em nível federal, em determinação que proíbe o uso do fogo
em áreas rurais por um período de 120 dias. Em 2019, o decreto foi
publicado no fim de agosto com duração de 60 dias. Neste ano, a medida
foi decretada em julho, com o dobro do tempo.
(G1/CE)