Um homem de 43 anos, residente em um bairro da periferia da Capital,
foi preso, nessa segunda-feira (13), e autuado em flagrante pelo crime
de exploração sexual. A prisão foi feita por uma equipe da Polícia
Militar do Ceará (PMCE) em atendimento a um chamado da Coordenadoria
Integrada de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS). O homem é alvo de investigação da
Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) da
Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) pelos crimes de estupro de
vulnerável e exploração sexual, cujos elementos foram utilizados para a
realização do flagrante.
Na ocorrência que resultou no flagrante do suspeito, os policiais
militares que atenderam a ocorrência encontraram duas adolescentes de 14
anos no interior da casa do homem. De acordo com as apurações, as
garotas fugiram de um centro de acolhimento para crianças e adolescentes
na Capital e se abrigaram na casa do suspeito. Para permitir a
permanência das adolescentes no imóvel, como apontam as investigações, o
homem exigia que elas praticassem sexo com ele em troca de alimentação,
alojamento e dinheiro. Para configurar o flagrante, a Dceca acionou a
Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente municipal para a
apresentação de provas da conduta criminosa do homem em relação às
vítimas.
O trabalho investigativo da Dceca, que iniciou há mais de um ano,
mostra que o suspeito teria aliciado pelo menos nove meninas com idades
entre 13 e 17 anos, moradoras de abrigos mantidos pela Secretaria dos
Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) em Fortaleza. Além do
aliciamento de menores, o homem também é investigado por estupro de
vulnerável de uma vítima, hoje com 18 anos, que era estuprada pelo
suspeito desde os 11 anos de idade. A Dceca apura ainda o envolvimento
do homem em fugas das adolescentes dos abrigos municipais.
A partir de provas colhidas ao longo das apurações e relatórios
produzidos pelas Rede de Proteção, a Polícia Civil vai representar à
Justiça pela prisão preventiva do suspeito visando assegurar o andamento
das investigações, bem como salvaguardar a integridade física das
vítimas. A soma dos crimes – que são considerados hediondos – pelo qual o
homem foi autuado e será indiciado pode ultrapassar os 40 anos de
prisão.
A Polícia Civil mantém as investigações no sentido de identificar
outras vítimas do suspeito, bem como outros elementos de informação que
corroborem com as condutas criminosas praticadas pelo homem.
*A Polícia Civil omite o nome do suspeito no texto para preservar a identidade das vítimas.
(SSPDS)