A barreira linguística muitas vezes impede uma boa comunicação entre as
pessoas, além de poder gerar exclusão daqueles que não tem acesso a uma
língua. Esse tipo de obstáculo é enfrentado por pessoas que possuem
deficiência auditiva e usam a Língua Brasileira de Sinais para se
comunicar, mas não tem tanto acesso a materiais em sua língua.
Diante dessa realidade, o Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos abriu uma licitação para produzir o Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) em linguagem direcionada para pessoas surdas ou
com deficiência auditiva. A iniciativa é fruto de uma parceria do
ministério com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a
Educação, a Ciência e a Cultura.
O material será voltado a pessoas surdas ou com deficiência auditiva que
dominem a língua brasileira de sinais, independentemente do
conhecimento da língua portuguesa. Para que isso ocorra, o processo de
tradução do ECA envolverá a interpretação do texto na língua-fonte e sua
reformulação na língua-alvo, de forma a torná-lo compreensível.
Ceará Agora