A piora nos indicadores de saúde ligados à pandemia do novo coronavírus
na última semana pode ser um alerta para que o ritmo de reabertura das
atividades econômicas seja reduzido, pondera o secretário executivo de
Planejamento e Orçamento do Estado e coordenador do plano de retomada,
Flávio Ataliba.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais para tirar dúvidas sobre o
novo decreto estadual, Ataliba pontuou que o repique observado será
avaliado por mais tempo para constatar se é um tendência a longo prazo
ou apenas uma flutuação.
O avanço do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e
Comportamentais para a terceira fase em Fortaleza foi autorizado, mas o
Governo do Estado adiou o funcionamento de bares e restaurantes à noite e
das barracas de praia em função dessa nova alta nos indicadores.
"É importante esclarecer a população que quando se estabeleceu esse
faseamento tínhamos uma projeção, uma perspectiva. Entre uma fase e
outra, temos 14 dias, que é o tempo necessário para a equipe sanitária
acompanhar o desenvolvimento dessas taxas", explica Ataliba.
Apesar da trajetória dos últimos 14 dias em Fortaleza ser de decréscimo
dos índices relacionados à saúde, o secretário revela que, na avaliação
dia a dia, foi observado pequeno aumento.
"Observa-se, infelizmente, um pequeno repique em alguns indicadores.
Apesar da trajetória dos últimos 14 dias, seja uma trajetória
decrescente, se olhou que nos últimos dias houve aí nos indicadores um
pequeno aumento e e isso acaba sendo uma alerta para todos nós que
precisamos, talvez, ir um pouco mais devagar nessa liberação. Queremos
mais um tempinho para verificar esse repique e saber se ele continuará
crescendo ou se foi uma flutuação temporária", ressalta.
Ele acrescenta que é imprescindível que a população siga as regras e
protocolos exigidos para manter a contaminação sob controle. "Não
podemos assistir o que aconteceu em uma cidade aqui no brasil, de
pessoas sem máscara, como pessoas que não estão preocupadas, esse
comportamento é o pior que tem, porque não afeta só a sua saúde, mas a
de outras pessoas. E, como cidadão, essa responsabilidade todos têm que
ter".
O POVO