Comunhão na mão e sem beijo do evangelho: veja como será o retorno de missas e outros sacramentos em Fortaleza

 
Santuário de Fátima ficou vazio nas celebrações de 13 de maio
A Arquidiocese de Fortaleza vai retomar atividades como missas e outros sacramentos a partir do dia 5 de setembro. Com a nova determinação, os fiéis devem seguir algumas normais e orientações para frequentarem os espaços evitando a disseminação do novo coronavírus.

Para isso, a arquidiocese produziu o manual " “Orientações da Arquidiocese de Fortaleza para as celebrações comunitárias no contexto da pandemia do Covid-19”. Leia abaixo as principais recomendações de como se portar nesse novo momento.
Sobre a participação de fiéis

Os fiéis que estão ou se sentem doentes continuam dispensados do preceito dominical. Por isso poderão receber a comunhão em suas casas de sacerdotes que não forem do grupo de risco;

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Os fiéis que estejam nos grupos de risco (idade avançada, enfermos, saúde vulnerável etc), podem acompanhar as missas pelas transmissões na Internet ou canais de TV ou rádio católica;

Os fiéis que estejam em grupos de risco mas optam por frequentar a missa de modo presencial, podem ir durante a semana, quando há menos gente
Sobre os cuidados de clérigos e fiéis que participam das celebrações litúrgicas

Serão afixados em lugares visíveis cartazes orientando quanto às regras de higiene e distanciamento social;

As comunidades devem organizar equipes de acolhida que auxiliem fiéis no cumprimento das normas;

Higienizar as mãos antes de adentrar a igreja;

Deixar frascos dispensadores com produtos higiênicos de forma visível e acessível no templo;

Manter a máscara de proteção durante toda a celebração. Somente deverá ser retirada, momentaneamente, na hora da eucaristia;

Os lugares a serem ocupados serão indicados e os fiéis serão levados aos seus respectivos assentos;

Os recipientes de água benta que ficam na entrada das igrejas devem estar vazios;

A manual ainda aponta outras medidas, como limitação do número de participantes levando em conta a dimensão da igreja ou até mesmo o estabelecimento de senhas para as missas de domingo.

Igrejas com grande demanda de fiéis devem aumentar seu número de celebrações, justamente para evitar aglomerações.

Já na entrada do templo, as pessoas terão suas temperaturas aferidas, em seguida encaminhados aos seus lugares. Fiéis que se sentirem mal durante celebração devem procurar sair imediatamente, acompanhados por uma pessoa da acolhida que a comunidade cristã tiver designado.
Ritos iniciais

Já com a celebração iniciada, algumas mudanças também foram feitas pensando na saúde dos fiéis. O beijo do altar, por exemplo, deverá ser substituído por uma "profunda inclinação ao altar", como diz o manual. Durante a cerimônia, a pessoa que a preside poderá ficar em máscara em tempo integral, exceto quando for distribuir a comunhão.

O beijo do evangelho também não pode mais acontecer, e deverá ser trocado por uma "profunda inclinação" também. O clássico sinal da cruz sobre a página do texto sagrado poderá ser feito, mas sem tocá-la.

A logística das oferendas também mudou. Agora, o recolhimento das ofertas ou do dízimo será feito à saída da igreja por uma equipe responsável.

O Rito da Comunhão também ganha outra configuração. O gesto de paz deverá ser omitido e os fiéis devem respeitar distanciamento social durante procissão.

O diálogo individual da comunhão (Corpo de Cristo - Amém) será realizado uma única vez por quem está presidindo a missa. E será feito de forma coletiva após a resposta: "Senhor, eu não sou digno".

Como já dito, as máscaras podem ser retiradas brevemente durante a comunhão, que será distribuída exclusivamente nas mãos. Todo mundo deve comungar na frente dos ministros.

Já depois da celebração (que pode ser uma missa ou outro sacramento), os fiéis serão orientados a deixar a igreja segundo ordem fixada em cada comunidade cristã.

Após o momento, a igreja deverá ser arejada por pelo menos 30 minutos e os pontos de contato, como vasos sagrados, livros e outro objetovos, cuidadosamente desinfectados.
Batismo de crianças

De acordo com o manual da Arquidiocese de Fortaleza, o batismo de crianças pode acontecer, mas deverá ser realizado com poucas crianças ao mesmo tempo para evitar grande número de pessoas no local.

A organização da igreja deve pensar em uma espécie de agendamento especial para alocar os pequenos. O sinal da cruz deverá ser feito sem contato físico e para a unção o ministro ungirá o peito da criança com um pouco de algodão embebido no óleo. O objeto será descartado após uso.

A rigor, qualquer celebração na igreja precisa seguir as regras de higiene e distanciamento ditas na matéria, inclusive os matrimônios. Nesse caso, as alianças deverão ser manipuladas exclusivamente pelos noivos. "Estão excluídos enfeites, tapetes, iluminações, rituais secundários e movimentações que atentem contra os cuidados", aponta o documento.

Para finalizar, qualquer atividade passível de forte propagação do vírus fica suspensa até nova orientação. Isso inclui peregrinações, procissões, festas, romarias, acampamentos e qualquer concentração religiosa.
 
O POVO

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