Explosões no porto de Beirute, no Líbano, deixam ao menos 50 mortos



O porto de Beirute, no Líbano, foi alvo de fortes explosões nesta terça-feira (4). Ao menos 50 morreram e 2.750 ficaram feridos, segundo o ministro da Saúde do país, Hamad Hasan. A principal hipótese para as explosões é que teria ocorrido um acidente em depósitos de material inflamável. O grupo xiita Hezbollah e o governo de Israel negaram relação com o episódio.

Em pronunciamento, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse que o incidente não ficará sem solução. "Os responsáveis pagarão o preço", disse. "Fatos sobre esse armazém perigoso, que está lá desde 2014, serão anunciados, mas não vou me adiantar em relação às investigações".

Mais de 30 equipes da Cruz Vermelha estão no local para resgatar os feridos. A situação nos hospitais da cidade é caótica.

Uma nuvem vermelha pairou sobre a cidade após a explosão, enquanto equipes de bombeiros corriam para o local para tentar apagar o fogo.

Um avião que é comumente utilizado para combater fogos florestais foi colocado à disposição dos destacamentos de bombeiros para combater os focos de incêndio, que continuam no setor portuário. Ao menos vinte guarnições foram deslocadas para a região.

O presidente libanês Michel Aoun decretou luto nacional. Também foram ordenadas patrulhas militares na região impactada e nos subúrbios para "garantir a segurança", de acordo com a agência de notícias estatal National News Agency.

Ainda segundo a agência, informações preliminares dão conta de que a explosão ocorreu após um grande incêndio em um armazém de fogos de artifício perto do porto de Beirute. o que levou a uma reação em cadeia. A princípio, o caso é tratado como explosão acidental pela imprensa do país.

A explosão também atingiu os escritórios do ex-primeiro-ministro do país Saad Hariri e da sucursal da CNN, na região central da capital libanesa.

Casas em até dez quilômetros de distância sofreram danos, de acordo com testemunhas. Uma moradora da cidade que estava longe da explosão disse que suas janelas foram destruídas pelo ocorrido.



CNN

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