Facebook vetará anúncios políticos na semana anterior às eleições dos EUA


"Estou preocupado com os possíveis desafios que as pessoas enfrentarão ao votar", escreveu o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em uma postagem na rede social

O Facebook vetará anúncios políticos em sua plataforma na semana anterior às eleições presidenciais de 3 de novembro nos Estados Unidos - anunciou a empresa americana nesta quinta-feira, 3.

O gigante das mídias sociais também prometeu verificar anúncios prematuros de vitória eleitoral: se um candidato for declarado vencedor antes da contagem final, o Facebook adicionará um link para sua postagem que levará aos resultados oficiais.

"Estou preocupado com os possíveis desafios que as pessoas enfrentarão ao votar", escreveu o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em uma postagem na rede social.

"E também estou preocupado que, com nosso país tão dividido e a possibilidade de levar dias, ou semanas, para se obter os resultados das eleições, haja um alto risco de agitação civil em todo país", completou.

A oposição democrata há muito alerta que o presidente Donald Trump e seus apoiadores podem tentar causar estragos em 3 de novembro, em um país abalado pela crise econômica e de saúde causada pela pandemia e por protestos e rebeliões contra o racismo e contra a violência policial.

Cerca de 75% da população dos Estados Unidos poderá votar pelo correio este ano, depois que as autoridades de vários estados aprovaram essa modalidade em função da pandemia da Covid-19.

Um forte aumento do número de votos por correspondência dificultará a apuração e é possível que o resultado final da eleição presidencial seja conhecido apenas bem depois do dia da votação. Essa situação pode levantar todo tipo de boato sobre manipulação eleitoral, de acordo com alerta feito por políticos e especialistas.

Um grande usuário das mídias sociais, Trump compartilhou recentemente teorias conspiratórias sobre uma tentativa de fraude eleitoral.

O presidente garante quase que diariamente que o aumento do voto postal neste ano é uma manobra para dar a vitória a seu adversário, o democrata Joe Biden, e ainda não declarou claramente se aceitará o resultado das urnas, em caso de derrota.

"Essas eleições não serão como sempre", disse Zuckerberg, cada vez mais criticado por aqueles que acreditam que o Facebook não faz o suficiente para conter a desinformação e o conteúdo de ódio em sua rede.

"Todos nós temos a responsabilidade de proteger nossa democracia. Isso significa ajudar as pessoas a se registrarem e votarem, esclarecendo a confusão sobre como essas eleições serão conduzidas e tomando medidas para reduzir as chances de violência e de distúrbios", acrescentou.



 O POVO

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