Fortaleza: Sarto-Élcio é a chapa governista


Fechada a chapa governista. Como antecipado pelo Focus, o presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto, do PDT, encabeça a chapa que terá o sociólogo Élcio Batista, do PSB, como vice.

Não era difícil antecipar: não se convoca o presidente da Assembleia Legislativa, um dos três poderes, para a dança das “prévias” para depois descartá-lo.

Em conversas com interlocutores com poder de decisão, Focus já jogava essa tese em perguntas para provocar respostas, que quase sempre apostavam que “o jogo estava aberto”. O mesmo procedimento já havia ocorrido em 2012, quando Roberto Cláudio era o presidente do parlamento estadual. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

São vários os pesos que decidiram pela dupla. Como sempre na política, diversas variáveis entram em campo. Considerando o histórico e as características de nossa política, as lives do PDT e dos pré-candidatos governistas são as variáveis que menos importam, muito embora os próceres todos tenham se envolvido nas entrevistas públicas em um pool das redes sociais.

Desde o início, o próprio deputado José Sarto já confessava aos seus interlocutores que seria o candidato. Não poderia ser diferente considerando a envergadura do cargo de presidente do Legislativo. Mais que isso: considerando que Ciro Gomes assim queria.

O deputado Sarto tem uma longa trajetória política. Médico, servidor da Prefeitura, foi vereador de Fortaleza em várias legislaturas. Presidiu a Câmara Municipal quando daí saltou para ser deputado estadual. Está há quase duas décadas na Assembleia, Poder que hoje preside.

É muito mais um articulador de bastidores, discreto como manda a função, do que um orador inflamado como foi Ciro Gomes quando exerceu a difícil missão de ser líder do primeiro governo de Tasso Jereissati.

O prefeito Roberto Cláudio vai oficializar a dobradinha hoje na perspectiva que essa chapa saiba encarnar o modelo de gestão por ele encabeçado. Trata-se de uma cidade muito diferente daquela que existia quando o próprio Ciro foi prefeito por curto período, no final dos anos 1980, e também muito diferente daquela que, anos depois, Sarto conviveu como presidente da Câmara. Na época, Juraci Magalhães era o prefeito.

Élcio Batista é o complemento com espírito mais jovem. O sociólogo, que ascendeu na política primeiro na campanha que elegeu RC e depois na que elegeu Camilo Santana, faz a articulação e o diálogo político pela esquerda. Não foi à toa a linha adotada desde que deixou a Casa Civil de Camilo para ser um dos pré-candidatos. É uma espécie de antídoto para tentar neutralizar Luizianne Lins junto a um público influente nos costumes e nas redes sociais sempre em contraponto ao perfil do Capitão Wagner.

*Focus.jor

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