O Governo do Ceará, por meio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) assinaram, na tarde desta terça-feira (29), um programa de estudos visando a redução de impactos ambientais por meio do desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. O valor investido é de 950 mil euros (cerca de R$ 6.250,00 milhões) em pesquisas na área.
O Memorando de Entendimento assinado na presença do governador Camilo Santana, do encarregado de Negócios da Embaixada da França no Brasil, Gilles Pecassou, e do secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, permitirá o lançamento de uma série de estudos sobre a gestão sustentável da água no Nordeste e seus diversos usos.
“Quero dizer que, para nós, é um momento de muita alegria estar assinando este memorando. Quero agradecer à AFD pela parceria, assim como o governo francês também pelo estreitamento destas relações entre o Ceará e a França e nos colocar sempre à disposição para que a gente possa construir parcerias e buscar novos horizontes e melhorias para a qualidade de vida do povo cearense”, afirmou o governador.
Eles serão financiados em 950 mil euros pela ferramenta “Facilité 2050” da AFD, que foi criada após a One Planet Summit, ocorrida em dezembro de 2017, em Paris. Ela apoiará cerca de 30 países na construção de trajetórias de desenvolvimento resilientes e de baixo carbono, compatíveis com os objetivos do Acordo de Paris. Trata-se do primeiro estudo financiado pelo programa no Brasil.
“O Estado do Ceará é líder em muitas áreas no Brasil. E a cooperação internacional não é exceção. Esse programa de apoio à elaboração de trajetórias de desenvolvimento resilientes e de baixo carbono no Ceará e no Nordeste combinará os esforços dos pesquisadores cearenses e franceses com o trabalho dos gestores de políticas públicas para obter trajetórias de desenvolvimento mais resilientes que atendam às necessidades da população do Ceará e do Nordeste”, pontua Philippe Orliange, Diretor Regional da AFD no Brasil.
O projeto financiará atividades de pesquisa e capacitação no Nordeste rural. Elas serão divididas em três áreas: (1) analisar os impactos da mudança climática nos setores de água, energia e agricultura e avaliar os efeitos de políticas públicas; (2) identificar caminhos de desenvolvimento agrícola menos intensivos em emissões de gases de efeito estufa para promover a transição agroecológica; (3) reforçar as capacidades das instituições atuantes no setor e aprimorar os sistemas de informação.