Com equipamentos quebrados, pacientes aguardam há quase um mês por cirurgia no HRC


Por falta de equipamentos
, pacientes do Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte, reclamam que estão há quase um mês aguardado realizar cirurgias. Os próprios médicos teriam informado aos familiares que os arcos cirúrgicos estão quebrados e, por isso, estão impedidos de realizar os procedimentos. A Unidade de Saúde admitiu a situação e disse que está solucionando o problema. 

O fotógrafo Mateus Leandro, de Icó, acompanha seu pai, internado há 23 dias no HRC, após ele sofrer um acidente de moto. “Ele foi bem atendido, teve uma boa assistência, mas quando fez exames e viu que era caso cirúrgico, recebemos a notícia que equipamentos tinham quebrado e não tinha previsão de consertarem”, conta. 

Desde então, a mesma ala vem acumulando pacientes que também aguardam cirurgias, como o pai de Mateus, que espera um procedimento no joelho.

“Tem pessoas há que um mês, outros com 15 dias. A gente pergunta aos médicos e não conseguem dar informação. Dizem que é mais com a direção e eles não têm acesso a isso. Repetem: ‘Calma, vai dar certo’, mas não dão nenhuma data”, lamenta o fotógrafo.   

Com este impasse, a família de Mateus pretende realizar o procedimento na próxima semana em uma unidade particular, mesmo tendo um grande gasto. “A cirurgia ortopédica geralmente é cara. A gente sondou e viu que é em torno de R$ 12 mil”, garante. O fotógrafo chegou a denunciar à Ouvidoria do Estado e também a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). “Sabe Deus quando vai ter uma resposta positiva quanto a isso. Todo médico passa de manhã, falam que nesse período já tem mais de 70 cirurgias acumuladas”, completa.  

Referência para os 45 municípios e uma população de 1,5 milhão de habitantes, o HRC informou, em nota, que os arcos cirúrgicos da unidade passam por manutenção. “Novos equipamentos estão sendo locados para garantir a continuidade dos serviços”, completou, sem estimar uma data. O Sistema Verdes Mares entrou em contato com a Sesa, mas até a publicação desta matéria não teve retorno.  

 

 

(Diário do Nordeste)

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