Dia de Finados tem menor movimentação em cemitérios de Fortaleza e Região Metropolitana

 


Quem pode explicar o que é a saudade? Talvez o ponto comum seja dizer que falta um pedaço de si que está no outro ausente - uns momentaneamente, alguns para sempre. Neste dia 2 de novembro, Dia de Finados, os familiares, amigos e amores que partiram se fizeram presentes nas lembranças de quem buscou realizar uma homenagem na data. No entanto, o fluxo nos cemitérios foi menor porque muitos preferiram evitar a exposição ao agente infeccioso.

Só no Cemitério Parque Bom Jardim, único público da Capital que ainda recebe sepultamentos, houve uma queda de 75%. Em anos anteriores, a média apenas do dia 2 de novembro era de 40 mil pessoas. No entanto, neste ano, somando a visitação desde a manhã de sábado (31) até meio-dia desta segunda, a Prefeitura de Fortaleza estima visitação de 10 mil pessoas.

A autônoma Luciliana Nobre foi ao Parque da Paz “visitar minha vida”, como ela chama pai, mãe e avós. “Ainda pensei em não vir, mas acho que eles merecem esse sacrifício. Eles intercedem pela gente. Passa um filme na minha mente de tudo que passei com eles”, revela. Ela disse se sentir segura por não ter aglomerações e por todos terem a temperatura medida na entrada.

“Se eu não viesse ia me sentir culpada”, diz a aposentada Conceição Sousa Santiago, de 89 anos, que decidiu visitar o túmulo do marido e da irmã mesmo fazendo parte do grupo de risco para complicações da doença. “A gente sente muita saudade. A visita é sagrada, é um compromisso espiritual”, diz, usando máscara e apoiada em um andador ortopédico. 

 

 

(Diário do Nordeste)

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