Os dois maiores planetas do sistema solar, Júpiter e Saturno,
chegaram ao alcance de um beijo planetário no céu noturno desta
segunda-feira (21), um fenômeno que não ocorrerá novamente até 2080.
Essa
"Grande Conjunção", como é conhecida pelos astrônomos, ocorreu no
solstício de inverno para os do hemisfério norte e no início do verão no
sul global.
Os dois planetas estavam, na
verdade, separados por mais de 730 milhões de quilômetros. Mas, por
causa de seu alinhamento em relação à Terra, eles pareciam estar mais
próximos um do outro do que em qualquer momento em quase 400 anos.
As
melhores condições de visualização do fenômeno foram em céu claro e
perto do Equador, enquanto as pessoas na Europa Ocidental e ao longo de
uma vasta faixa da África tiveram que olhar para sudoeste.
Centenas
de fãs do espaço também se reuniram em Calcutá, na Índia, para assistir
ao evento por meio de um telescópio em um museu de tecnologia na
cidade, ou dos telhados e áreas abertas ao redor.
E no Kuwait, astrofotógrafos viajaram para o deserto a oeste da capital para capturar o evento único na vida.
Olhando
através de um telescópio ou até mesmo um bom par de binóculos, os dois
gigantes gasosos estavam separados por não mais que um quinto do
diâmetro de uma lua cheia.
Mas, a olho nu, eles se fundem em um planeta duplo "altamente luminoso", disse Florent Deleflie, do Observatório de Paris.
"A
Grande Conjunção se refere ao período em que dois planetas têm posições
relativamente semelhantes em relação à Terra", disse Deleflie.
"Com
um pequeno instrumento - até mesmo um pequeno par de binóculos - as
pessoas podem ver as faixas equatoriais de Júpiter e seus principais
satélites e os anéis de Saturno."
A última vez
que Júpiter e Saturno ficaram tão próximos foi em 1623, mas as condições
meteorológicas em regiões onde o encontro poderia ser visto bloquearam a
visão.
Júpiter, que é o planeta maior, leva 12 anos para girar em torno do Sol, enquanto Saturno leva 29 anos.
(Diário de Pernambuco)