A vereadora eleita de Ibaretama Edivanda de Azevedo, o irmão e afilhado dela são indiciados pela Polícia Civil do Ceará por envolvimento em uma chacina com sete mortes ocorrida no município. Os dois filhos dela já foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e são suspeitos de auxiliar o grupo responsável pela matança.
(Erramos: o G1 errou ao afirmar que a vereadora havia sido indiciada por 'ordenar a chacina'. A Polícia Civil indiciou a vereadora e dois familiares por envolvimento no caso. A informação foi corrigida às 8h55 desta terça-feira).
O crime ocorreu em 26; duas das sete vítimas eram da mesma família; outra era uma criança de sete anos. De acordo com a Polícia Civil, a chacina foi provocada por disputas de organizações criminosas no território.
O relatório complementar de inquérito, assinado pelo delegado Ícaro Gomes Coelho, aponta que a família de Edivanda de Azevedo está no meio das investigações. Ela viu os filhos Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima serem presos um dia após a chacina. Eles foram denunciados por ajudar e dar apoio logístico a Wandeson Delfino de Queiroz, líder de um núcleo de um grupo criminoso de origem carioca.
Ela foi eleita neste ano pelo PT com 335 votos. O G1 entrou tentou contato com Edivanda de Azevedo e a defesa da vereadora eleita, mas as ligações não foram atendidas.
Reduto eleitoral da vereadora
A Polícia Civil concluiu que Edivanda, o irmão dela, Edvan Lopes dos Santos Azevedo, e o enteado, Josenias Paiva de Andrade Lima, participaram das execuções. A motivação para a chacina seria a intenção de acabar com os roubos que aconteciam reiteradamente na região, que é reduto eleitoral da candidata.
Segundo as investigações, a família de Edivanda foi vítima de roubos em sua casa por membros de uma facção de origem cearense. Eles teriam levado motocicletas, celulares e computadores de uma associação a qual a parlamentar integra, sob violência e ameaça. As apurações indicam que as vítimas da matança eram membros dessa organização criminosa.
Conforme o documento da Polícia Civil, Edivanda tinha conhecimento da chegada do grupo criminoso e “deu pleno auxílio à permanência deles na casa de propriedade de Kelvin, tanto antes quanto depois da empreitada criminosa”. O delegado aponta que a parlamentar eleita, além de ter prestado alimentação aos matadores, deu declarações contraditórias em depoimento.
(G1/CE)