Empresários e engenheiros são presos por fraudes em licitações em Eusébio

As prisões fazem parte da 4ª fase da Operação Banquete. Um agente público foi afastado. 




Operação investiga esquema de fraude que gerou prejuízo de R$ 7 milhões para a Prefeitura de Eusébio — Foto: MPCE/ Divulgação

Dois engenheiros e um empresário suspeitos de fraudar licitação foram presos na 4ª fase da Operação Banquete, realizada na manhã desta terça-feira (26) pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Além das quatro prisões, um agente público foi afastado. Outra fase da operação identificou desvios de R$ 7 milhões do caixa da prefeitura.



A operação apura fraudes em contratação de empresa de locação de máquinas pesadas. Também são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Materiais eletrônicos e documentos foram apreendidos durante a ação.

O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura do Eusébio, mas não obteve resposta até a mais recente atualização desta reportagem.

"A princípio entendemos a medida prisional como desnecessária, por ser providência excepcional, ainda mais quando o crime, em tese analisado, não é hediondo e nem houve violência. Estamos nos inteirando do decreto prisional primeiro postulando cópia do mesmo para em seguida requerermos a revogação dessa prisão", afirmou o advogado Leandro Vasques, que está na defesa dos dois engenheiros.

De acordo com o órgão, uma associação criminosa entre agentes públicos e empresários do ramo de construção é suspeita de fraudar pesquisas de preços, que tinha por objeto a locação de máquinas para execução dos serviços de conservação de estradas, rodovias e áreas daquele município.

Primeiras fases da operação

Desde as primeiras fases da Operação Banquete, iniciada ainda em 19 de agosto de 2020, já foram cumpridos 17 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão e seis afastamentos de agentes públicos, tendo sido denunciados 19 réus.

As investigações haviam começado ainda no ano de 2019 e apontaram que empresários do ramo de alimentação e serviços gráficos teriam se associado para fraudar licitações e dispensas, em vários órgãos daquela Prefeitura.

O grupo criminoso usou pessoas de baixa renda como sócias das empresas, "garantindo e ocultando o desvio de recursos públicos para os verdadeiros donos", conforme o Ministério Público. Os investigados também contaram com auxílio criminoso de servidores e dirigente de órgão público. 


G1


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