980 trabalhadores de bares e restaurantes foram demitidos, diz presidente da Abrasel em ato



Profissionais que atuam em restaurantes e bares e empresários de Fortaleza realizaram uma caminhada, na tarde deste sábado (6), em protesto contra o novo horário de funcionamento dos estabelecimentos determinado no decreto do governo do Estado publicado no dia 2 de deste mês. A mobilização começou na Praça Portugal com destino à Avenida Beira-Mar. Segundo Taiene Righetto, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a entidade já registrou 980 demissões com a redução de carga horária de trabalho, nos três primeiro dias da medida.


"Nesses três primeiros dias, só de associados da Abrasel, nós já contabilizamos 980 demissões que associados falaram: 'Olha não vou abrir mais'. Quase todas as empresas que trabalham só noite já não vão abrir. Se elas vão retornar, isso é uma incógnita. A gente não sabe quanto tempo vai durar. Só está abrindo a noite que já abre durante o dia e estende até a noite", declarou Taine Righetto.





Com faixas e cartazes, os trabalhadores pediram diálogo com o Governo do Estado, a flexibilização para abrir empreendimentos e medidas de apoio para evitar demissões. Na quinta-feira (4), os trabalhadores do setor de bares e restaurantes também realizaram um ato em frente à Assembleia Legislativa do Ceará (Alce). Segundo o presidente da Abrasel, o governo sinalizou propostas, mas não revelou quais.


Rodrigo Moreira, empresário dono de oito restaurantes em Fortaleza, foi um dos afetados com a mudança de horário de funcionamento. Ele havia demitido um grande número de trabalhadores no início da pandemia e agora viu a cena se repetir. "Desde o início da pandemia, nós já demitidos quase 20% do nosso grupo. Tem mais de 300 funcionários, mais de 60 foram demitidos. Isso no começo da pandemia. Em julho, contratamos uns 10%. Agora, infelizmente, tivemos de demitir nessa semana 20 pessoas em seis restaurantes", conta o empresário.




Diário do Nordeste

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