Cidade brasileira decreta 'lockdown total' por 60 horas, proibindo até ônibus e carros nas ruas





Após registrar cinco mortes pela Covid-19 durante a última sexta-feira (19), em mais um dia de UTIs lotadas, a Prefeitura de Araraquara, no interior de São Paulo, decidiu decretar "lockdown total" por 60 horas. A cidade tem cerca de 240 mil habitantes.


Do meio-dia de domingo (21), à meia-noite de terça-feira (23), fecham bancos, indústrias, supermercados, postos de combustíveis e todo comércio, além dos serviços públicos não essenciais.


Carros e ônibus do transporte não poderão circular. Conforme o decreto publicado no sábado (20), quem for flagrado fora de casa terá de comprovar com documentos a situação de emergência.


Ainda de acordo com o documento, só podem abrir farmácias e estabelecimentos de saúde. Os postos de combustível só poderão abastecer veículos dos serviços públicos municipais, estaduais e federais, incluindo a Polícia Militar. As pessoas terão licença para sair de casa para atendimento médico, compra de remédio e trabalho em serviço essencial. Quem for pego e não apresentar provas da necessidade será multado em até R$ 6 mil.


A cidade permanece na fase vermelha do Plano São Paulo de enfrentamento do coronavírus, o programa estadual de reabertura econômica da gestão João Doria (PSDB). As medidas municipais, porém, são ainda mais restritivas.


Ocupação máxima
Pelo quinto dia consecutivo, a cidade registrou 100% de ocupação de leitos, e pacientes já foram transferidos para outras cidades. O município registrou mais cinco mortes nesta sexta. Quatro pacientes com doenças crônicas e um, de 34 anos, sem comorbidades.


A prefeitura orienta que as pessoas que estiveram em contato no mesmo domicílio que contaminados devem cumprir isolamento por 14 dias. Apesar de o município já estar em "lockdown", o índice de medição do Governo do Estado apontou que o isolamento na cidade na quinta-feira (18) estava em 42%.


Depois do anúncio de "lockdown" mais rígido, no começo da noite desta sexta-feira, as pessoas começaram a fazer filas em supermercado.


Diário do Nordeste

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