Após 14 meninos, casal realiza sonho de ter primeira filha; nome de todos os herdeiros começa com 'r'



Após dá à luz a 14 meninos, a dona de casa Jucicleide Silva realizou o sonho de ter uma filha. Com a chegada da menina, a família, que mora no município de Conceição do Coité, na Bahia, teve que quebrar a tradição de batizar os filhos com nomes de jogadores de futebol que estejam atuando ou que já tenham pendurado as chuteiras. Mas, assim como os irmãos, a pequena também ganhou o nome começando com a letra "R": Raiane Maiara.


"Falei que se fosse menino, ia ser muito feliz. Quando fiz a ultrassom, que deu menina, aí fiquei mais feliz ainda, porque menino já tive 14 e com a vinda de uma menina minha felicidade completou", disse Jucicleide, de 39 anos, ao portal G1.


O nascimento de Raiane Maiara em setembro de 2020 foi motivo de felicidade para a mãe, o pai Irineu Cruz e os 14 irmãos. Os nomes Ronaldo, Robson, Reinan, Rauan, Rubens, Rivaldo, Ruan, Ramon, Rincon, Riquelme, Ramires, Railson, Rodrigo e Rafael foram todos escolhidos por Irineu, mas o de Raiane foi o primeiro definido pela mãe.


"Os homens eu que colocava o nome e menina era ela, então foi ela que escolheu. Ela botou com 'R' também para acompanhar o lote, que são todos com 'R' e graças a Deus ela escolheu com 'R'. A alegria do Brasil e do mundo", disse o lavrador ao G1.


Com o nascimento de Raiane, que foi fruto de uma cesariana, Jucicleide optou por fazer o processo de esterilização por ligação das trompas. "Cancelou mesmo a fábrica", contou, aos risos, em entrevista ao portal.


Problemas financeiros
Apesar do bom humor, a família vive dos "bicos" que Irineu consegue trabalhar e também do programa social Bolsa Família, que Jucicleide recebe mensalmente. Com a pandemia da Covid-19 e a necessidade de manter o isolamento social para evitar a contaminação pelo vírus, Irineu passou a trabalhar com a reciclagem e a venda de ossos de animais para pagar as contas.


Com idades entre sete meses e 22 anos, três dos filhos mais velhos de Jucicleide e Irineu já saíram de casa. Ao todo, o casal mora com 12 filhos.


"Nós estamos nos mantendo isolados na área mesmo, não sai ninguém daqui. No total são 14 'bocas', porque três casaram e não moram mais aqui", contou Irineu.

Amigos do casal e açougueiros da região ajudam a família se manter. "A gente agradece a todos os açougueiros que estão doando ossos para a gente vender e fazer nossa feira".


"Sei que aqui é luta, muita luta para a gente manter essas crianças com café da manhã, merenda, almoço e tudo mais. Sobre o colégio, eles estão estudando pelo celular. Se tiver com esse problema [pandemia], a gente já cancela as idas deles [para aulas presenciais], porque esse problema é gravíssimo e a gente não pode soltar os meninos para isso", disse Irineu ao site.


Diário do Nordeste

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