Para
uma parte importante do empresariado nacional, o cenário de polarização
na próxima eleição entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é prejuízo, e o país
precisa se mobilizar para construir uma terceira via, um caminho do
meio.
O
titular da cadeira presidencial se elegeu com amplo apoio de
empresários, atraídos pela agenda econômica do ministro da Economia,
Paulo Guedes. Mas agora decepciona por atrasar privatizações, ter
arroubos intervencionistas, retardar medidas ambientais cobradas por
investidores estrangeiros e, o mais grave, relutar em adotar uma
política eficaz contra a epidemia que se alastra pelo Brasil, com UTIs
lotadas e pico de mortes.
O
petista, por sua vez, recuperou os direitos políticos e fez um discurso
alinhado com as demandas sanitárias do momento, mas não provou a
inocência nos casos de corrupção denunciados pela Lava Jato, defende uma
agenda que amplia o Estado na economia e o crescimento do gasto público
quando o caixa do governo segue no negativo.
As resoluções de curto prazo no combate ao coronavírus são consideradas a prova de fogo do atual governo.
Folha de S.Paulo