Polícia Civil prende em flagrante mulher que atuava como médica no município de Itatira

 


“Em um período tão delicado como este, há ainda quem queira usar da fragilidade das pessoas para benefício próprio. É inadmissível que profissionais não habilitados coloquem a saúde de uma sociedade, já debilitada, em riscos”, é o que pondera o delegado titular da Delegacia Regional de Canindé, Daniel Aragão, que prendeu em flagrante uma mulher de 50 anos, suspeita de atuar ilegalmente como médica sem o registro profissional. A prisão, realizada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), ocorreu nesta quarta-feira (10), em Itatira – Área Integrada de Segurança 15 (AIS 15) do Estado.

Sem registro profissional para atuar como médica, Vanessa Maria Sampaio Goulart (50), que é reincidente por atuar ilegalmente como médica e já respondeu por falsidade ideológica, crime registrado no município de Pindoretama (AIS 13), foi presa em flagrante em um posto de pronto atendimento de urgência e emergência no município de Itatira. Vanessa foi capturada no momento em que estava exercendo a função de médica e prescrevendo uma receita no posto, segundo informações colhidas no local, a suspeita estava atuando há cerca de dois dias na região.

Logo nas primeiras horas de hoje, as autoridades policiais foram acionadas após a desconfiança acerca dos documentos que a profissional apresentava no posto de saúde. De posse das informações acerca dos fatos, os policiais civis foram até o local citado em denúncia e constataram que a mulher atuava lá. Durante as investigações, Vanessa afirmou que possui registro para atuar como médica que, segundo ela, foi retirada do Paraguai. Entretanto, a suspeita não possui o cadastro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC, bem como não apresentou documentação que comprove sua graduação no Brasil ou em outro país.

Com os documentos da infratora em mãos, os investigadores constataram que a mulher utilizava o cadastro de outra profissional da saúde, que é médica em São Paulo. Após a captura, a mulher foi conduzida à delegacia. Na regional, ela foi autuada em flagrante por falsidade ideológica, e por exercício ilegal da medicina.

“É uma prisão importantíssima, principalmente em relação ao que estamos vivenciando, no que se refere a pandemia. As pessoas chegam debilitadas nos postos de saúde, à procura de um médico qualificado e capacitado para tal função. Tirar ela de circulação é cuidar também de pessoas que estariam sendo enganadas e colocando em risco a sua saúde” afirmou Daniel Aragão, que disse ainda que segue com as investigações a fim de descobrir se outras pessoas cometem o mesmo crime na região.

 

(SSPDS)

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