O
ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira (5) em
depoimento à CPI da Pandemia que deixou o governo por ter percebido que
não teria autonomia para conduzir a pasta. Ele afirmou que não sabia da
produção de cloroquina pelo Exército e que sua orientação sempre foi
contrária ao uso desse e de outros medicamentos sem comprovação
científica no enfretamento da crise sanitária.
Segundo
Teich, que ficou menos de um mês no cargo, “existia um entendimento
diferente pelo presidente” Jair Bolsonaro, fato que motivou sua saída do
comando da pasta.
—Esse era o problema pontual, mas isso refletia falta de autonomia — disse Teich.
Em
resposta ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o ex-ministro
afirmou que nunca foi consultado sobre a produção e distribuição de
cloroquina, mas não descartou que possa ter ocorrido, mas “nunca sob
minha orientação”, apontou.
O
ex-ministro, que é médico oncologista, reforçou que seu posicionamento
se estende a outros medicamentos sem comprovação e ressaltou que a
cloroquina tem efeitos colaterais.
(*) Com informações Agência Senado