Bolsonaro pede antecipação de 10 milhões de vacinas a Pfizer para julho



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu a antecipação de lotes de vacina à cúpula da Pfizer. Conforme apuração da CNN Brasil, o pedido seria para entrega de 10 milhões de doses do imunizante para julho. A antecipação aconteceria dentro dos contratos assinados pelo governo com a empresa, sendo o primeiro com previsão de entrega de 100 milhões de doses até o fim de outubro e o segundo com a mesma quantidade de vacinas até o fim do ano.

A reunião não constava na agenda oficial do presidente e aconteceu por meio de videoconferência na tarde desta segunda-feira, 14. Estavam presentes os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França. Também participaram do encontro o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pela Pfizer, Carlos Murillo, que participou da CPI da Covid, foi o representante. A informação é da Veja.


O Ministério da Saúde tenta fechar a compra de um novo contrato para aquisição de doses com a Pfizer para 2022, conforme apuração da CNN. A empresa enviou ainda dois executivos para o Palácio do Planalto, Lucila Mouro e Rodrigo Sini, para acompanhar a reunião, de acordo com informações do jornal O Globo.

O governo brasileiro recebeu 53 e-mails da farmacêutica Pfizer para oferta de vacinas contra a Covid, reforçando os indícios de omissão na compra de imunizantes, de acordo com levantamento divulgado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19. Os atritos com a empresa começaram já no fim do ano passado, quando Bolsonaro questionou seus efeitos colaterais.

“Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘Nós (a Pfizer) não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral’. Se você virar um jacaré, é problema seu. Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (Pfizer) não têm nada a ver com isso. E, o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas”, disse Bolsonaro em dezembro de 2020.

Jornal O Globo

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