Impulsionados pelo espírito de equipe e por uma forte obstinação, vacinadores percorrem rincões do Ceará para alcançar pessoas que ainda não tomaram a segunda dose (D2) da vacina contra a Covid-19.
As estratégias vão desde a busca ativa por cada paciente entre diversas localidades, até a criação de grupos de WhatsApp, a partir dos quais são transmitidos alertas e informações.
O importante ‘trabalho de formiguinha’ vem sendo desenvolvido diariamente por várias equipes multiprofissionais no Interior do Estado, uma das quais Helena Cardozo, 27, faz parte.
Enfermeira há três anos, ela e os colegas de equipe vão praticamente todos os dias ao encontro de pacientes da zona rural de Canafístula, distrito do município de Apuiarés, na Região Norte do Ceará.
Além da enfermeira, fazem parte da equipe uma médica, duas técnicas de enfermagem, quatro agentes comunitários de saúde (ACS) e uma dentista.
"Temos o transporte da Prefeitura, que leva a gente até os pacientes, por todas as localidades. A gente roda por vários distritos, por quatro PSFs (Postos de Saúde da Família) distantes um do outro", detalha.
Desinformação prejudica imunização
Durante as visitas, Helena encontra pacientes ávidos pela imunização. Mas também se depara com quem – especialmente idosos - rejeita a ideia de tomar a segunda dose da vacina.
A recusa tem como principais justificativas a descrença na efetividade do imunizante ou mesmo o temor por supostos efeitos letais da vacina. Pensamentos reforçados, sobretudo, pela desinformação.
Portanto, além de vacinar, profissionais como Helena também se sentem na obrigação de desenvolver um trabalho de conscientização.
(Diário do Nordeste)