Prefeito do Rio de Janeiro afirma que não permitirá mais construções irregulares no município

 


O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), visitou na manhã desta quinta-feira, 3, a localidade de Rio das Pedras, zona Oeste da cidade, onde um prédio caiu na madrugada, deixando ao menos um homem e uma criança mortos, além de quatro adultos feridos.

Em conversa com jornalistas, o político disse que não vai mais aceitar construções irregulares. "Comigo, milícia não vai construir mais porcaria nenhuma nessa cidade. Estamos demolindo permanentemente, e a gente tem o desafio de cuidar do passivo", declarou o prefeito.

Paes ainda responsabilizou gestões anteriores pela expansão de construções irregulares e negou dificuldades de fiscalizar áreas dominadas por milícias. "Nem milícia, nem traficante, nem delinquente se sobrepõe ao poder do estado. Isso é falta de vergonha na cara das autoridades que permitiram que esse tipo de coisa acontecesse", afirmou o chefe do executivo fluminense.

De acordo com Paes, a prefeitura do Rio de Janeiro vem demolindo prédios construídos de forma irregular desde o início do ano, mas ponderou que não é possível a destruição de todos os imóveis, devido à configuração habitacional do município, mas sim investir em melhorias. "Mas é uma realidade da cidade. Não vamos retirar todas as casas de todas as favelas do Rio, ou de todas as comunidades do Rio. O que se tem que fazer é olhar essas áreas com mais risco, olhar essas construções para tentar fazer e produzir melhorias habitacionais", concluiu.

O prefeito ainda destacou que vai aguardar o laudo técnico da Defesa Civil sobre os imóveis vizinhos ao imóvel que desabou, mas acredita que precisarão ser demolidos por conta dos danos causados com o desabamento. Ainda conforme o prefeito, todas as famílias atingidas pelo desabamento do imóvel na localidade do Rio das Pedras receberão auxílio.

Habitada em sua maioria por retirantes vindos do Nordeste, o Rio das Pedras é considerado o “berço” das milícias no Brasil.

Na região surgiram grupos paramilitares, prometendo a tranquilidade que moradores não teriam em favelas onde drogas eram vendidas por traficantes.

Um dos fundadores da milícia é o inspetor Félix Tostes, morto em 2007 com 30 tiros. O principal suspeito do crime é o então vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Naldinho de Rio das Pedras, que assumiu o controle da milícia no local.

 

(O Povo)

 

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