O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (19) que não vai sancionar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada.
De acordo com o mandatário, o valor é "astronômico" e poderia ser mais bem empregado em obras de infraestrutura.
"É
uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela
seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada",
disse o mandatário, em entrevista à TV Brasil.
Embora
tenha indicado, com essa declaração, um veto ao projeto, Bolsonaro não
usou essa expressão —se ele não se manifestar em 15 dias, a LDO (Lei de
Diretrizes Orçamentárias) entra em vigor mesmo sem aval dele, nos termos
aprovados pelo Legislativo.
Eventual veto tende a provocar insatisfação do centrão, e o Congresso também pode derrubar a decisão do presidente.
No
final de 2019, poucas horas depois de sinalizar que vetaria o fundo
eleitoral de R$ 2 bilhões para 2020, Bolsonaro recuou, argumentando que
poderia ser alvo de um processo de impeachment se modificasse o valor do
fundo.
"O
valor é astronômico. Mais R$ 6 bilhões para fazer campanha eleitoral.
Imagine na mão do ministro [da Infraestrutura] Tarcísio [de Freitas] o
que poderia ser feito com esse dinheiro", declarou Bolsonaro nesta
segunda, em outro trecho da entrevista.
UOL