Inquérito sobre latrocínio de gerente de joalheria em shopping é concluído e polícia indicia 5 suspeitos


 
Mais de dez dias após o latrocínio ocorrido em uma joalheira no shopping Iguatemi, em Fortaleza, a Polícia Civil do Ceará (PCCE) concluiu o Inquérito Policial sobre o crime e enviou à Justiça Estadual, nesta terça-feira (31). Cinco suspeitos acabaram indiciados por participação na tentativa de roubo que terminou na morte da gerente da loja, Caroline Alves da Rocha. Os cinco homens encontram-se presos.


Apenas dois dos cinco suspeitos, que entraram na joalheria e anunciaram o assalto, irão responder pelo crime de latrocínio, os demais homens irão responder a outras qualificadoras do crime de roubo. Confira por quais crimes os suspeitos foram indiciados, conforme o Código Penal Brasileiro (CPB):


Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira e Antônio Duarte Araújo Eneas:
Art. 157 (Roubo ou tentativa de roubo)
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


Qualificadoras:
§ 2º, II (A pena aumenta-se de 1/3 até metade: se há o concurso de duas ou mais pessoas)
§ 2º-A, I (A pena aumenta-se de 2/3: se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo)


Art. 14 (Crime tentado)
Pena - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.


Art. 288 (Associação criminosa)
Pena - reclusão, de um a três anos.


Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura:


Art. 157 (Roubo ou tentativa de roubo)
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


Qualificadora:
§ 3º, II (Se da violência resulta: morte, a pena é de reclusão de 20 a 30 anos e multa).


Art. 288 (Associação criminosa)
Pena - reclusão, de um a três anos.


O Relatório Final do Inquérito foi assinado pela delegada Mariana Paes Diógenes de Paula, titular da 7ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o documento, "a motivação do presente latrocínio está relacionada a necessidade de se locupletar do patrimônio de terceiro, tendo por consequência o óbito da vítima, estando diante de um crime preterdoloso, onde a intenção dos investigados é roubar".


"No entanto, o resultado obtido, foi a morte da vítima, tornando o crime hedionso, restando claramente demonstrados os indícios suficientes de materialidade, autoria e participação com relação aos crimes de latrocínio consumado e tentativa de roubo, praticado em concurso de duas ou mais pessoas e com emprego de arma de fogo, além de todos responderem por associação criminosa, estão completos os trabalhos da Polícia Judiciária." afirmou a delegada.


Conforme as investigações, Lúcio Mauro era o líder da quadrilha e planejou o assalto a joalheria Tânia Joias, que ocorreu na noite do último dia 20 de agosto; André Luiz e Antônio Duarte deram apoio à ação criminosa; enquanto Douglas da Silva e Antônio Jardeson entraram no estabelecimento e anunciaram o assalto. Douglas estava na posse de uma arma de fogo e trocou tiros com o segurança da loja.


Polícia aguarda laudo que determinará de onde partiu o tiro fatal
As investigação realizadas até o momento não foram suficientes para o DHPP identificar de qual arma de fogo partiu o tiro que matou a gerente da loja A Polícia aguarda os laudos periciais para chegar à essa conclusão, segundo o Relatório Final do Inquérito. Os investigadores ainda aguardam o resultado de três laudos. O Laudo Perinecroscópico, o laudo da análise das imagens contidas no DVR da loja e o Laudo Complementar de Local de Crime, que são elaborados pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce). 
 
O POVO

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