Polícia investiga desaparecimento de jovem de 16 anos em Copacabana


Desde a última terça-feira (26), cada minuto é uma tortura para a especialista em Tecnologia de Informação Mariana Cartaxo. Na manhã daquele dia, sua filha, Sabrina Cartaxo Araújo Pereira, de 16 anos, saiu do apartamento onde vivem, em Copacabana, Zona Sul do Rio. A jovem deixou um bilhete com apenas uma frase: "Fui caminhar, já volto". Ela não foi mais vista desde então.

"A dor é insuportável. Cada instante, cada momento é uma tortura. Só quero minha filha de volta. Só isso", afirmou Mariana.

No mesmo dia, os parentes da jovem procuraram a polícia. Inicialmente registrado na 12ª DP (Copacabana), o caso acabou transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Os pais de Sabrina tiveram acesso ao circuito de vigilância do prédio onde vivem. Nas imagens, é possível ver a jovem deixando o imóvel às 7h50 de terça-feira.

Ela carregava uma mochila que, mais tarde, seria encontrada vazia na casa do avô, em Realengo, Zona Oeste da cidade. Segundo Mariana, o avô não estava em casa.

Até esta quarta-feira (27), o celular de Sabrina ainda recebia ligações. No entanto, a jovem não atendia. A polícia busca uma autorização judicial para permitir a quebra do sigilo telefônico e, a partir daí, refazer o trajeto feito pela desaparecida.

De Copacabana a Realengo

No início da tarde desta quinta-feira (28), Mariana disse ao g1 ter recebido novas informações sobre o caso. Segundo ela, um motorista de aplicativo entrou em contato dizendo ter levado uma menina muito parecida com Sabrina de Copacabana até Realengo.

Segundo ela, o motorista afirmou que a corrida foi pedida por um rapaz chamado Pedro – o mesmo nome do namorado de Sabrina.

"O motorista disse só não ter certeza absoluta de que era a Sabrina porque a menina que ele levou usava uma máscara. O namorado dela também não está atendendo o telefone. Além disso, o próprio namorado mora em Realengo. É coincidência demais. Vamos levar essas informações à polícia".

Mudança de comportamento

Sabrina é aluna do ensino médio do curso de desenvolvimento de jogos digitais oferecido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Ela estuda todos os dias em período integral, das 7h às 18h.

A jovem não tem perfil no Facebook, mas é usuária do Instagram. Seus pais tiveram acesso à conta da rede social, mas não encontraram nenhuma conversa que pudesse explicar o motivo do desaparecimento.

Segundo Mariana, a estudante começou a namorar há pouco tempo – o namorado moraria no mesmo bairro do avô da menina, em Realengo.

"Mas estivemos na casa da família do rapaz e eles disseram não ter ideia do que pode ter acontecido com a minha filha", disse Mariana.

Nos últimos tempos, ela havia percebido que o comportamento de Sabrina vinha mudando de forma sensível. A jovem estava mais cabisbaixa e introvertida. Além disso, o rendimento na escola também começou a cair.

"Ela foi a duas sessões de psicanálise. Conversei com o médico, que disse não ter percebido nenhum indício de comportamento atípico que pudesse levá-la a fazer algo mais grave".

informações sobre o paradeiro de Sabrina podem ser passadas para o Disque-Denúncia (21 2253-1177) ou para o Conselho Tutelar (21 2286-8337 e 21 98596-5296).

G1

 

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