O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado no próximo domingo em meio a uma crise interna do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela prova. Além disso, colaboradores terceirizados que vão fiscalizar os candidatos durante o Enem relatam corte no número de aplicadores por sala este ano e temem fragilidades na supervisão dos estudantes.
Em
salas com menos de 26 candidatos, haverá apenas o chefe de sala no
comando da turma, conforme afirmam. Nos anos anteriores, o trabalho era
feito em duplas: um chefe de sala e um aplicador. O Estadão ouviu
colaboradores de oito Estados. Também acessou os manuais com as tarefas
que devem realizar nos dias do exame e os documentos enviados a eles
pelo consórcio aplicador.
As
provas ocorrem neste domingo, 21, e no próximo, 28. Cerca de 3,1
milhões de candidatos devem fazer o exame, principal forma de ingresso
no ensino superior brasileiro. O Inep enfrenta, nos últimos dias, sua
maior crise: 37 servidores com experiência no Enem pediram para deixar
seus cargos às vésperas do exame por discordarem da gestão do atual
presidente da autarquia, Danilo Dupas. As alegações da categoria são de
falhas de gestão e assédio - o que ele nega.
O POVO