Homem morto por vizinho em São Gonçalo implorou para que militar não atirasse contra ele no chão, diz viúva

 

Morto a tiros por vizinho, um sargento da Marinha, o repositor Durval Teófilo Filho teria pedido para que o militar não atirasse contra ele na noite de quarta-feira, em São Gonçalo, de acordo com a viúva, Luziane Teófilo. Em conversa com o EXTRA, ela disse que o marido chegava em casa após um dia de trabalho, quando foi confundido com um ladrão e alvejado por Aurélio Alves Bezerra, que parava com o carro na porta do condomínio onde moravam. De acordo com a viúva, o atirador saiu do carro apontando a arma para Durval, que tirou a máscara de proteção e se identificou como morador, mas mesmo assim, teria sido vítima de mais dois disparos.

— Ele atirou depois dele se identificar e ele não deu chance de defesa. Meu marido sempre andava com a mochila dele na frente porque tinha medo de assalto, então quando ele chegou ontem foi pegar a chave do portão na mochila e atiraram nele. Eu vi imagens das câmeras do condomínio e ouvi relatos de vizinhos que falaram que ele estava no chão e se identificou como morador. Ele pediu para parar e foi alvejado mesmo assim — contou a viúva de Durval.

No entanto, em imagens do caso, obtidas pelo EXTRA, é possível ver o clarão de três disparos de dentro do carro do Sargento Aurélio no momento em que Durval se aproxima da entrada do condomínio. Atingido, ela cai no chão e se arrasta gesticulando. Nesse momento, o Sargento Aurélio sai do carro, aponta a arma e vai em direção vítima. Ele se aproxima e parece falar algo com Durval e retorna ao carro.

As imagens do caso, obtidas pelo EXTRA, mostram o momento em que Durval chega à porta do condomínio e recebe o primeiro tiro, no abdômen. Em seguida ele se afasta, mas cai no chão e se arrasta. Há mais disparos. O sargento Aurélio, então, sai do carro e vai em direção vítima, que é vista gesticulando.

— Ele atirou depois dele se identificar e ele não deu chance de defesa. Meu marido sempre andava com a mochila dele na frente porque tinha medo de assalto. Então, quando ele chegou ontem, foi pegar a chave do portão na mochila e atiraram nele. Eu vi imagens das câmeras do condomínio e ouvi relatos de vizinhos que falaram que ele estava no chão e se identificou como morador. Ele pediu para parar e foi alvejado mesmo assim — contou a viúva de Durval, Luziane Teófilo.

Durval foi atingido por dois tiros do sargento Aurelio, que ainda atirou mais uma vez contra a vítima, mas errou o alvo. De acordo com Luziane, ao chegar no Hospital Antônio Pedro, os médicos confirmaram a ela que o segundo disparo, dado em Durval quando ele estava no chão pedindo para o atirador parar, acertou uma das coxas e foi fatal para ele, pois rompeu uma artéria.

— Os médicos me disseram que só pelo primeiro tiro no abdômen dava para terem salvado ele, mas o segundo foi fatal, pois atingiu uma artéria na coxa. Se ele (Aurélio) não tivesse atirado após meu marido se identificar como morador, ele estaria vivo — afirmou.

Apesar de serem vizinhos, Luziane disse que tanto ela como Durval não conheciam bem Aurélio, pois o sargento trabalhava muito tempo embarcado e era visto poucas vezes pelo condomínio. Após o crime, a família do militar deixou o local e a casa estava trancada e vazia na manhã desta quinta-feira.

Após o crime, ele socorreu Durval e o levou ao Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo, mas segundo a esposa, o homem já chegou à unidade de saúde sem vida. Em depoimento a policiais militares que atenderam a ocorrência, o sargento afirmou que retornava de viagem à noite e que, ao chegar em casa, na Rua Capitão Juvenal Figueiredo, avistou um homem se aproximando do seu carro muito rapidamente. Aurélio não o reconheceu, pegou a sua arma e disparou contra a vítima. Ao sair do carro, ele viu que o homem não estava armado e teria informado ser morador do condomínio.

  

 

EXTRA

 

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