A usina nuclear de Zaporizhzhia foi atingida por um projétil na madrugada de hoje (4). A Ucrânia afirma que o ataque partiu do exército russo. Já os russos dizem que o complexo foi bombardeado por ucranianos sabotadores. A usina, que é a maior da Europa, teve o incêndio controlado por bombeiros. Autoridades afirmam que não houve vazamento de material radioativo.
Após
o ataque, que deixou o mundo preocupado com um possível acidente
nuclear, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu fazer uma
reunião de emergência para discutir a situação.
O
representante brasileiro junto à ONU, embaixador Ronaldo Costa Filho,
em seu pronunciamento, reiterou que o mundo está enfrentando
circunstâncias assustadoras com a catástrofe humanitária na Ucrânia, mas
também com a perspectiva de um incidente nuclear de uma dimensão
significativa.
"É
apenas uma razão a mais para que a comunidade internacional reforce o
apelo por um cessar-fogo imediato e também a suspensão de todas as
hostilidades na Ucrânia. Estamos sob a ameaça de um incidente radioativo
de grandes proporções que poderia ter consequências enormes não apenas
para a Ucrânia, mas também para toda a Europa", disse.
Costa
Filho ainda criticou o conselho por não conseguir obter resultados
concretos e fez um apelo para que Rússia e Ucrânia busquem uma resolução
pacífica. "Não estamos no tempo de escalar a violência da retórica e,
sim, buscar a paz, criar um ambiente que leve ao cessar-fogo e a uma paz
duradoura", afirmou.
UOL