O Psol Ceará, por exemplo, trabalha com duas possibilidades para representar a legenda na corrida pelo Senado. O primeiro deles é Paulo Anacé, liderança indígena com bases em Caucaia. O segundo é Valdir Medeiros, sindicalista de Juazeiro do Norte, no Cariri. Apesar disso, a definição depende de articulações com a Rede Sustentabilidade, partido com o qual o Psol define, nacionalmente, uma federação.
Ailton Lopes, dirigente do Psol-CE, pontuou que independentemente da homologação da federação, a Rede “não propõe um nome para o Senado no Ceará” e que o indicado deve sair dos quadros já apresentados. No entanto, ele destaca que a executiva estadual do partido “ainda não definiu data da reunião para discutir a questão”.
O vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (Pros) também é cotado para disputar vaga no Senado em
outubro. Ao O POVO, ele manifestou a intenção de lançar pré-candidatura à Casa, mas salientou que atualmente está “resolvendo a situação partidária”.
Alberto tenta superar questões legais para migrar para o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e sinalizou que espera ter uma reunião com lideranças do partido nos próximos dias.
Outro nome que já foi cotado nos bastidores para a disputa é o da médica Mayra Pinheiro. Já filiada ao PL, ela deve disputar vaga no Legislativo, provavelmente para a Câmara dos Deputados. No ano passado, ela chegou a fazer uma enquete nas redes sociais questionando seguidores sobre a intenção de voto para o Senado. As opções postas eram ela mesma ou o senador Tasso Jereissati (PSDB), que não disputará cargo neste ano.
Mayra já foi candidata ao Senado na última eleição geral (2018). À época no PSDB, a médica obteve pouco mais de 880 mil votos. Neste ano, caso o vereador Inspetor Alberto confirme sua migração para o PL, é provável que ele postule a vaga de senador, enquanto Mayra será candidata a deputada federal.
Já o União Brasil, megapartido que surgiu da fusão entre DEM e do PSL, ainda não definiu candidato a senador no Ceará ou mesmo se apoiará um nome de outra legenda. Comandado pelo deputado federal e pré-candidato a governador Capitão Wagner e com o deputado federal Heitor Freire na vice-presidência estadual, a sigla concentra esforços em fechar suas chapas de deputados.
"O União Brasil está focado em montar as chapas para a Câmara e Assembleia. Os nomes para o pleito majoritário como Senado e vice(-governador) só serão definidos e anunciados mais próximos das convenções partidárias", pontuou o vice-presidente da sigla Heitor Freire ao O POVO.
Em 2018, quando duas vagas para senador estavam disponíveis, o Estado teve 11 candidatos competindo pela preferência do eleitorado. Neste ano, com apenas uma vaga disponível, o cenário ainda é um esboço e só deverá estar definido entre os meses de julho e agosto, época na qual ocorrem as convenções partidárias segundo calendário da Justiça Eleitoral.
