O medicamento oral contra a Covid-19 molnupiravir elimina o vírus SARS-Cov-2, na sua fase infecciosa ativa, no terceiro dia do início da medicação, segundo um estudo que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas.
O
teste confirmou a superioridade do medicamento, em relação ao placebo,
em adultos não hospitalizados com covid-19 leve ou moderada e com risco
de progressão para doença grave, caso a terapia fosse iniciada nos cinco
dias seguintes ao início dos sintomas, revelou o The New England
Journal of Medicine.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha divulgado, em 03 de março, que
o molnupiravir integrava a sua lista de tratamentos recomendados contra
a covid-19 e também foi aprovado o seu uso de emergência para países
como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão. Este medicamento
é um antiviral que deve ser administrado rapidamente após o início dos
sintomas e tomado por cinco dias para evitar a replicação do vírus.
A
pesquisa científica será revelada no Congresso Europeu de Microbiologia
Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID) na próxima semana. Segundo os
dados divulgados nesta quinta-feira, os participantes nos ensaios foram
submetidos a testes de PCR para determinar as cargas virais do
SARS-CoV-2 a partir de zaragatoas nasofaríngeas colhidas nos dias 1
(início), 3, 5 (fim de tratamento), 10, 15 e 29.
No
terceiro dia de tratamento, nenhum dos 92 participantes que tomaram
molnupiravir tinha o SARS-CoV-2 em fase ativa detectável, em comparação
com 21,8% (20 de 96) dos participantes que tomaram um placebo. Após
cinco dias, os pacientes alvo do tratamento permaneciam sem o vírus,
enquanto no outro grupo este ainda foi detetado em 2,2%. Finalmente, ao
décimo dia, nenhum dos participantes de ambos os grupos estava positivo
para a covid-19.
Esta
análise confirmou observações anteriores que demonstravam que um
tratamento de cinco dias com molnupiravir, tomado duas vezes ao dia,
produz “um declínio mais rápido da carga viral e uma eliminação mais
rápida do vírus infeccioso do que o placebo”, sustentou a MSD em
comunicado.
O POVO